quinta-feira, 26 de junho de 2014

Sínodo sobre a Família

Confira o Instrumento de trabalho

Cidade do Vaticano (RV) - “A família é um elemento essencial para todo e qualquer progresso humano e social sustentável”: este é o tuíte do Papa Francisco, neste dia em que foi divulgado o texto preparatório – o chamado “Instrumento de trabalho” - do Sínodo extraordinário de outubro próximo, que terá como tema “Os desafios pastorais da família, no contexto da evangelização”
Numa coletiva de imprensa, ao meio-dia, foi apresentado este texto, divulgado nas seis línguas oficiais do Sínodo: alemão, espanhol, francês, inglês, italiano e português. 
O documento contém e sintetiza as respostas ao questionário sobre os temas do matrimônio e da família, contido no Documento preparatório ao Sínodo, publicado em novembro de 2013.
A primeira parte - "Comunicar o Evangelho da família hoje" – reitera antes de tudo o "dado bíblico" da família, baseada no matrimônio entre homem e mulher, criados à imagem e semelhança de Deus e colaboradores do Senhor no acolhimento e transmissão da vida. 
Uma reflexão específica é dedicada à dificuldade de compreender o significado e o valor da "lei natural", colocada na base da dimensão esponsal entre o homem e a mulher. Para muitos, "natural" é sinônimo de "espontâneo", o que comporta que os direitos humanos são entendidos como a autodeterminação do sujeito individual que tende à realização dos próprios desejos. 
Outro grande desafio indicado pelo texto é a privatização da família, que já não é entendida como um elemento ativo da sociedade e a sua célula fundamental. Por esta razão, é necessário que os núcleos familiares sejam tutelados pelo Estado e recuperem o seu papel de sujeitos sociais nos diferentes contextos: trabalho, educação, saúde, defesa da vida. 
A segunda parte do Instrumento de Trabalho - "A pastoral da família diante dos novos desafios" - chega ao coração dos desafios pastorais de hoje. 
São muitas as situações críticas que a família deve enfrentar hoje: fraqueza da figura paterna, fragmentação devida a divórcios e separações, violências e abusos contra as mulheres e crianças ("um dado realmente muito preocupante que interroga toda a sociedade e a pastoral familiar da Igreja"), tráfico de menores, drogas, alcoolismo, dependência do jogo e também a dependência das redes sociais, que impede o diálogo em família e rouba o tempo livre para as relações interpessoais. 
O documento sinodal destaca também o impacto do trabalho sobre a vida familiar: horários extenuantes, insegurança no emprego, flexibilidade que envolve longos trajetos, ausência do repouso dominical dificultam a possibilidade de estar juntos, em família. 
O documento enfrenta, depois, as situações pastorais difíceis e sublinha que a coabitação e as uniões de fato são muitas vezes devidas a uma deficiência de formação sobre o matrimônio, a percepção do amor apenas como "um fato privado", o medo do empenho conjugal entendido como perda da liberdade individual. 
O documento dedica também uma grande parte às "situações de irregularidade canônica", porque as respostas recebidas estão sobretudo focalizadas nos divorciados e casados novamente. Em geral, põe-se em destaque o número consistente daqueles que vivem com "negligência" de tal condição e não pedem, portanto, para se aproximarem da Eucaristia e da reconciliação. 
Em certos casos, algumas Conferências episcopais pedem novos instrumentos para abrir a possibilidade de exercer "misericórdia, clemência e indulgência" para com as novas uniões. 
O Instrumentum mostra que, para as situações difíceis que a Igreja não deve assumir uma atitude de juiz que condena, mas a de uma mãe que sempre acolhe os seus filhos, sublinhando que "não aceder aos sacramentos não significa ser excluído da vida cristã e da relação com Deus"
A propósito das uniões entre pessoas do mesmo sexo, se põe em evidência que todas as Conferências Episcopais dizem não à introdução de uma legislação que permite tal união "redefinindo" o matrimônio entre homem e mulher. Pede-se, contudo, uma atitude respeitosa e de não-julgamento em relação a estas pessoas, enquanto se destaca a falta de programas pastorais a este respeito, uma vez que se trata de fenômenos recentes.
A terceira parte do documento – “A abertura à vida e à responsabilidade educativa” – faz notar antes de mais que é pouco conhecida na sua dimensão positiva a doutrina da Igreja sobre a abertura à vida da parte dos esposos, pelo que é considerada como uma ingerência na vida do casal e uma limitação à autonomia da consciência. Daqui a confusão que se cria entre os contraceptivos e os métodos naturais de regulação da fertilidade. Relativamente à profilaxia contra a Aids, é necessário que a Igreja explique melhor a sua posição, também para contrastar algumas “reduções caricaturais” dos meios de comunicação e para evitar reduzir o problema a uma mera questão “técnica”, quando na realidade se trata de “dramas que marcam profundamente a vida de inumeráveis pessoas”.
O “Instrumento de trabalho” para a preparação e o debate da assembleia sinodal de outubro próximo se conclui com a Oração à Sagrada Família, escrita pelo Papa e por ele mesmo recitada por ocasião do Angelus de 29 de dezembro passado, festa da Santa Família de Nazaré. (BS)
A íntegra do Instrumento de trabalho está disponível no endereço:
                                                                                         Fonte: radiovaticana.va
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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Mensagem de Dom José Luiz Majella Delgado, CSsR,

sobre sua viagem à Roma para recepção do Pálio


Aos membros do Clero,
Aos Religiosos/as e outros Consagrados/as,
A todos os fiéis leigos/as da Arquidiocese de Pouso Alegre,
No domingo 29, solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, estarei em Roma concelebrando a Eucaristia na Basílica Vaticana, quando o Papa Francisco imporá o sacro Pálio aos novos Arcebispos Metropolitanos.
Dom José Luiz
Pedro e Paulo são considerados “colunas mestras” da Igreja primitiva. Suas personalidades diferentes, mas colocadas a serviço da evangelização, celebradas no mesmo dia, são expressão da natureza da Igreja – comunhão e diversidade. A celebração desses dois apóstolos nos ajuda a rezar por toda a Igreja e perceber a presença contínua do Senhor junto dela, ajudando-a a enfrentar as adversidades e as ondas gigantes que se lançaram no passado, e, ainda hoje, sobre a barca de Pedro, conduzida agora pelo Papa Francisco.
Esta solenidade também nos ajuda a nos unirmos ao Papa, que desempenha um serviço único e indispensável à Igreja universal. É sinal visível da unidade!
Reunidos ao redor do altar para celebrar solenemente os Apóstolos São Pedro e São Paulo, Padroeiros principais da Igreja de Roma, acontecerá o rito da imposição do Pálio das mãos do Papa. O significado próprio do Pálio é a comunhão com o sucessor de Pedro, o Papa e com a Igreja primaz de Roma. Esta comunhão significa identificação da fé recebida, pregada e vivida: a fé dos Apóstolos, no exercício da função episcopal de ensinar, santificar e governar, que compete a cada bispo, nas próprias Comunidades que lhes estão confiadas.
Viajo a Roma com um profundo sentimento de fraternal comunhão afetiva e efetiva para com o Santo Padre e para com toda a Igreja, para reforçar os laços de fé, esperança e caridade com o Papa Francisco e com a Igreja Universal. Tenho consciência de que toda a Arquidiocese de Pouso Alegre estará comigo e o Pálio que receberei das mãos do Papa contribuirá para o bem de toda esta Igreja particular.
Quero convidar a todos os filhos e filhas desta amada Arquidiocese a acompanhar-me espiritualmente nesta viagem apostólica. Recomendo a oração de todos. Da minha parte prometo tê-los bem presentes na celebração e, especialmente ao recitar o Creio diante dos túmulos dos Apóstolos São Pedro e São Paulo.
Na alegre esperança de encontrá-los na tomada de posse da Arquidiocese, na tarde do dia 2 de agosto próximo, os abençoo de todo coração,
Dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R. - Arcebispo nomeado de Pouso Alegre
                                                                              Jataí – GO, 20 de junho de 2014
                       Fonte: arquidiocese-pa.org.br   Foto: paroquia-saobento.blogspot.com.br
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Dom José Luiz Majella Delgado, CSsR,

receberá o Pálio das mãos do Papa Francisco no dia 29 de junho 

No próximo dia 29 de junho durante a celebração da Santa Missa por ocasião da Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, presidida pelo Papa Francisco em Roma, Dom José Luiz Majella Delgado, CSsR, receberá a imposição do Pálio, sinal de comunhão com o Bispo de Roma, juntamente com os demais Arcebispos nomeados desde a celebração da solenidade ano passado. O Clero da Arquidiocese de Pouso Alegre estará representado pelos padres Dirlei Abércio da Rosa e Juliano de Almeida Oliveira, que atualmente estão realizando seus estudos em Roma.
Dom José Luiz
Conforme o Cânone 437, § 1, o Metropolita está obrigado, dentro de três meses após a recepção da consagração episcopal, ou, se já estiver consagrado, após a provisão canônica, a pedir ao Romano Pontífice, pessoalmente ou por procurador, o Pálio, que se simboliza o poder com que, em comunhão com a Igreja Romana, está investido pelo direito na própria província.
§ 2. De acordo com as leis litúrgicas, o Metropolita, pode usar o pálio dentro de qualquer igreja da província eclesiástica a que preside, mas de modo nenhum fora dela, mesmo com o consentimento do Bispo diocesano.
§ 3. O Metropolita, se for transferido para outra sede metropolitana, precisa de novo pálio.
O Pálio
Ele é uma espécie de colarinho de lã branca, com cerca de 5 cm de largura e dois apêndices – um na frente e outro nas costas. Possui seis cruzes bordadas em lã preta no caso dos Arcebispos e em vermelho para o Papa: quatro no colarinho e uma em cada um dos apêndices. É confeccionado pelas monjas beneditinas do Mosteiro de Santa Cecília, em Roma.
Pálio
Para fazer os pálios, elas utilizam a lã de dois cordeiros que são ofertados ao Papa anualmente, no dia 21 de janeiro, pois neste dia, celebra-se a Solenidade de Santa Inês, jovem mártir cristã dos primeiros séculos.
Uma vez confeccionados, os pálios são abençoados pelo Papa, guardados numa arca junto ao tumulo do Apóstolo São Pedro, o primeiro Pontífice, e entregues pelo próprio Papa, no dia 29 de junho de cada ano, na Solenidade de São Pedro e São Paulo, aos Arcebispos nomeados após a celebração do ano anterior. O uso do pálio, que nos primeiros séculos do Cristianismo era exclusivo dos Papas, passou a ser usado pelos Metropolitas a partir do século VI, tradição que vigora até os nossos dias.
Qual o significado do pálio usado pelo Arcebispo?
Para entendê-lo, é importante ter presente que a Igreja Católica está organizada pelo mundo afora em províncias eclesiásticas. Cada uma é formada por algumas dioceses (não há número determinado) e uma arquidiocese, em nosso caso formamos a Província Eclesiástica de Pouso Alegre, que se compõe da Arquidiocese de Pouso Alegre (1900), Diocese de Campanha (1908) e Diocese de Guaxupé (1916). À frente dela esta o Metropolita, que é o Arcebispo da diocese-sede. As palavras “arqui” e “arce”, colocadas junto às palavras diocese e bispo, vêm da língua grega, e significam “a primeira”, “o primeiro”. Assim, a Arquidiocese e o Arcebispo são “a primeira” e “o primeiro”, não em linha de importância, mas para serem aquela e aquele que devem estar a serviço e promoção da comunhão.
Após a sua nomeação de Arcebispo, deve o Metropolita pedir ao Bispo de Roma, o Papa, o pálio, símbolo de seu “poder” (o serviço e promoção da comunhão) na própria Província Eclesiástica e de sua comunhão com a Sé Apostólica. Uma vez recebido [pálio], usa-o unicamente dentro das funções litúrgicas, sobre os paramentos pontificais, dentro da Província a que preside, e unicamente nela.
                                                                               Fonte: arquidiocese-pa.org.br
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segunda-feira, 23 de junho de 2014

Sínodo da Família:

 Instrumento de Trabalho à vista

Cidade do Vaticano (RV) – O Instrumento de trabalho que será usado pelos bispos de todo o mundo durante a III Assembleia Geral Extraordinária, que se realizará de 5 a 19 de outubro no Vaticano, sobre "os desafios pastorais das famílias no contexto da nova evangelização" será apresentado na próxima quinta-feira, 26, na Sala de Imprensa da Santa Sé. 
Cardeais e bispos com o Papa Francisco
O documento, que foi elaborado a partir das respostas dos Episcopados, Congregações ou movimentos de todo o mundo, consultados pela Santa Sé, servirá como guia para definir os temas a serem enfrentados pelos participantes, cerca de 150 pessoas, durante o Sínodo.
Alguns temas na agenda dos trabalhos serão o estudo especial da atenção pastoral espiritual aos divorciados recasados, a preparação para o sacramento do matrimônio, os desafios da família no mundo atual. 
O texto a ser divulgado quinta-feira recolhe as respostas a uma espécie de sondagem mundial realizada pela Santa Sé para preparar o Sínodo, e envolveu Conferências Episcopais de todo o mundo, Igrejas do Oriente e do Ocidente, organismos da Cúria Romana, Congregações religiosas, e bispos, sacerdotes, membros de Institutos de vida consagrada, leigos, associações, movimentos, etc... 
Trata-se de um exaustivo e amplo trabalho de pesquisa geográfica a partir de um questionário de 38 perguntas sobre os temas mais problemáticos da pastoral familiar. Aos fiéis foram pedidas opiniões sobre questões como a contracepção, os casais hetero e homossexuais conviventes e a comunhão dos divorciados recasados.
O Sínodo dos Bispos fará uma reflexão comunitária para elaborar orientações pastorais comuns. Segundo a Santa Sé, neste contexto, iniciativas particulares de pessoas ou departamentos locais correm o risco de gerar confusão. Por isso, considera que convém sublinhar a importância de a comunidade eclesial percorrer um caminho de plena comunhão. (CM)
Fonte: radiovaticana.va
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segunda-feira, 16 de junho de 2014

Papa Francisco nesta segunda-feira (16):

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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Congresso da Pastoral Familiar

abordará a importância do matrimônio

A arquidiocese de São Luís (MA), regional Nordeste 5 da CNBB, sediará o XIV Congresso Nacional da Pastoral Familiar, de 26 a 28 de setembro. A proposta do encontro é debater a experiência familiar, a relação do casal e a importância do matrimônio na construção da família cristã, motivados pelo tema "Família, transmissora da fé" e lema “Anunciai a fé com ousadia e coragem”.
O arcebispo de São Luís e vice-presidente da CNBB, dom José Belisário da Silva, explica que o lema do encontro quer ajudar na reflexão sobre os desafios e perspectivas da evangelização da família, hoje.  “Sem a família a sociedade não anda. Uma das grandes questões no mundo atual gira em torno das fragilidades das famílias. Temos muita esperança que esse Congresso possa nos ajudar a trabalhar mais pela família”, disse o bispo.
Para dom Belisário, a família deve superar os momentos de crises próprias da cultura e contexto em que vive. “É certo que a família, em cada época, tem sua maneira de se organizar. No entanto, eu acredito que sem a família, realmente, a sociedade não caminha. É importante que formemos grupos familiares equilibrados, firmes e perseverantes; mesmo nas dificuldades da vida”.
Evangelização da família
O evento reunirá agentes de pastoral familiar, assessores, religiosos, coordenadores para planejar a evangelização da família na Igreja no Brasil. O Congresso oferecerá palestras, mesas redondas, painéis e testemunhos, com participação de bispos, sacerdotes e especialistas na área familiar. 
Dom José Belisário da Silva
“Estamos felizes em poder receber o Congresso da Pastoral Familiar que reunirá tantos participantes para debates necessários sobre a família. Nossas expectativas são de um encontro agradável e que traga bons frutos para a missão da Pastoral Familiar”, comenta o arcebispo de São Luís, dom Belisário.
Em comunicado, a organização explica que o evento visa possibilitar às famílias caminhos para a vivência cristã. “Por meio da evangelização, homem e mulher transmitam os valores da fé. Assim, a Pastoral Familiar, com intensidade e vigor, tenha a capacidade de orientar a família a "construir sociedades com um rosto mais humano”.
Informações e inscrições pelo site: www.xivconnapf.com.br/evento
                                                                                                                                       Fonte: cnbb.org.br
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quinta-feira, 5 de junho de 2014

CNBB lança Documento que trata da renovação paroquial:

“Comunidade de comunidades: uma nova paróquia” 

O Documento 100 da CNBB “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia” propõe reflexão e ações práticas para uma conversão pastoral da paróquia. Após, aproximadamente, dois anos de estudo, os bispos reunidos na 52ª Assembleia Geral, no mês de maio, aprovaram o texto para publicação como Documento oficial da Igreja no Brasil.
Para ser estudado e aplicado
De acordo com bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, o texto quer contribuir para dinamizar a vida de comunidade. “Vai nos ajudar a sermos presença do Evangelho de maneira fecunda e samaritana, no anúncio do Reino de Deus”, disse. Na apresentação do Documento, o secretário recorda que a Igreja tem sua origem na comunidade, por isso a “Igreja é comunidade”.
O Documento busca iluminar o nosso ser Igreja, sermos comunidade dos que vivem de Cristo Jesus, iluminados e guiados pela força e suavidade do Espírito Santo, acolhidos pela bondade materna do Pai”, explica dom Leonardo.
A Comissão de redação do Documento contou com a colaboração de assessores, bispos e leigos, sendo presidida pelo arcebispo de Manaus (AM), dom Sérgio Castriani. Em 2013, durante a 51ª Assembleia Geral CNBB, os bispos tinham aprovado o Estudo 104 “Comunidades de comunidades: uma nova paróquia”. O texto foi enviado aos regionais e dioceses para que refletissem e enviassem suas contribuições, colaborando, assim, para uma nova versão.
Dom Sérgio destaca que as sugestões dos regionais da CNBB e das dioceses foram avaliadas pelos bispos e, incluídas no documento final. “Os bispos aprofundaram esse tema como necessidade da renovação da paróquia e da vida eclesial, a partir da conversão pastoral para uma renovação na Igreja, em sua dimensão missionária”, disse o bispo.
Proposta e capítulos 
Dom Sérgio explica que a intenção da CNBB não foi apenas produzir um texto, mas oferecer reflexões que chegassem às bases e contribuíssem com a renovação paroquial. Antes de se tornar um documento, o Estudo 104 que deu origem ao texto, foi debatido e aprofundado nos regionais, dioceses e paróquias, envolvendo a participação dos fiéis, lideranças, agentes de pastoral, até as pequenas comunidades. “O Documento n. 100 é uma nova redação, com contribuições do estudo. Houve inversão de capítulos, ajustes no texto e acréscimos a partir das sugestões enviadas pelas dioceses”.
O Documento 100 “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia. A conversão pastoral da paróquia” é composto de seis capítulos, são eles: Sinais dos Tempos e Conversão Pastoral, Palavra de DeusVidaMissão nas Comunidades, Surgimento da Paróquia e sua Evolução, Comunidade Paroquial, Sujeito e Tarefas da Conversão Paroquial.
Logo no início é apresentada análise da realidade paroquial. Na sequência traz, também, reflexão histórica e teológica sobre a paróquia. Segue refletindo sobre a dimensão de comunidade, a partir da conversão paroquial e pastoral, com ideias do significado da paróquia como “casa do pão, casa da caridade e acolhida”. “É na paróquia, lugar para vivência da fraternidade, onde as pessoas reúnem-se em comunidade para celebrar os sacramentos e encontrar-se com o ministério de Cristo e da Igreja”, comenta dom Sérgio.
Ao final do documento, no capítulo 6, são apresentadas propostas práticas para conversão da paróquia, ou seja, as proposições pastorais. São pistas de ações que tratam da acolhida e vida fraterna, iniciação à vida cristã, leitura orante da palavra, liturgia e espiritualidade; incluindo o funcionamento da paróquia, seus conselhos, organização e manutenção.
A valorização e incentivo da participação do laicato e os ministérios leigos são indicados no documento. Orienta-se, também, a atenção e acolhida às famílias que residem em condomínios e conjuntos residenciais populares, na tentativa de estabelecer proximidade e integração na comunidade. Outro aspecto contido nas pistas de ações é incentivo às paróquias para utilizar dos recursos da mídia e novas formas de comunicação e relacionamento nas atividades de evangelização.
Para adquirir
O Documento 100 “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia. A conversão pastoral da paróquia” pode ser adquirido nas Edições CNBB, no site: www.edicoescnbb.com.br ou (61) 2193.3019.
                                                                                                     Fonte: cnbb.org.br
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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Papa Francisco e o matrimônio:

Fidelidade, perseverança e fecundidade  

Cidade do Vaticano (RV) - Fiel, perseverante, fecundo. São estas as três características do amor que Jesus nutre pela Igreja, sua Esposa. E estas são também as características de um autêntico matrimônio cristão, afirmou o Papa Francisco na homilia da missa matutina celebrada na Casa Santa Marta.
Quinze casais, quinze histórias matrimoniais, de família, começadas 25, 50, 60 anos diante de um altar e que diante do altar do Papa Francisco se encontram reunidos para agradecer a Deus pelo tempo em comum. Uma cena insólita para a capela da Casa Santa Marta, que oferece ao Papa a ocasião de refletir sobre três pilares, que na visão da fé, devem sustentar um amor esponsal: fidelidade, perseverança, fecundidade. 
Casais cristãos, imagem do amor de Cristo pelo seu povo
Modelo de referência, explica, são os “três amores de Jesus” para com o Pai, para com sua Mãe, para com a Igreja. “Grande” é o amor de Jesus por esta última, afirma o Papa Francisco: “Jesus esposou a Igreja por amor”. É “a sua esposa: bela, santa, pecadora, mas a ama assim mesmo”. E seu modo de amá-la revela, diz o Papa, as “três características” deste amor:
“É um amor fiel; é um amor perseverante, não se cansa nunca de amar sua Igreja; é um amor fecundo. È um amor fiel! Jesus é o fiel” São Paulo, em uma de suas Cartas diz: “Se tu confessares Cristo, Ele te confessará, a ti, diante do Pai; se tu renegares Cristo, Ele te renegará, a ti; se tu não for fiel a Cristo, Ele permanecerá fiel, porque não pode renegar a si mesmo!. A fidelidade é própria do amor de Jesus. E o amor de Jesus pela sua Igreja é fiel. Esta fidelidade é como uma luz sobre o matrimônio. A fidelidade do amor. Sempre”.
Fiel, sempre, mas também sempre incansável em sua perseverança. Próprio como o amor de Jesus por sua Esposa:
“A vida matrimonial deve ser perseverante, deve ser perseverante. Porque caso contrário o amor não pode andar para frente. A perseverança no amor, nos momentos bonitos e nos momentos difíceis, quando surgem os problemas: problemas com os filhos, problemas econômicos, problemas aqui, problemas lá. Mas o amor persevera, vai adiante, sempre procurando resolver as coisas para salvar a família. Perseverante: se levantam cada manhã, o homem e a mulher, e levam adiante a família”.
Terceiro ponto, a “fecundidade”. O amor de Jesus, observa o Papa Francisco, “faz fecunda a Igreja com novos filhos, pelo Batismo, e a Igreja cresce com esta fecundidade nupcial”. Em um matrimônio esta fecundidade pode ser às vezes colocada à prova, quando os filhos não chegam ou estão doentes. Nestas provas, sublinha o Papa, existem casais que “olham para Jesus e buscam a força da fecundidade que Jesus tem para com a sua Igreja”. Enquanto, por outro lado, conclui, “existem coisas que não agradam a Jesus”, ou seja os casamentos estéreis por escolha:
“Estes casamentos que não desejam filhos, que querem ficar sem fecundidade. Esta cultura do bem estar de dez anos atrás nos convenceu: É melhor não ter filhos! É melhor! Assim tu podes conhecer o mundo, em férias, pode ter uma casa de campo, fica tranqüilo”... Mas é melhor talvez – mais cômodo – ter um cãozinho, dois gatos, e o amor se dirige aos dois gatos e ao cãozinho. É verdade ou não? E por fim este casamento chega à velhice na solidão, com a amargura de uma solidão difícil. Não é fecundo, não faz aquilo que Jesus faz com sua Igreja: torna-a fecunda”.
                     Fonte: radiovaticana.va     Foto: permanecerecompartilhar.blogspot.com.br
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