quinta-feira, 31 de julho de 2014

Mensagem do Papa Francisco

em tuíte nesta quinta-feira:


 Fonte: radiovaticana.va
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terça-feira, 29 de julho de 2014

Missa da Posse de Dom José Luiz Majella Delgado

será transmitida por diversas emissoras, entre elas,
a Rádio Paraisópolis, e pela TV Aparecida

No próximo sábado, 2 de agosto, às 16 horas, na Catedral Metropolitana do Bom Jesus tomará posse o 4º Arcebispo da Arquidiocese Pouso Alegre, Dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R., nomeado em maio pelo Papa Francisco.
Diversos meios de comunicação transmitirão as cerimônias: rádios AparecidaParaisópolisDifusora de Pouso AlegreSanta Rita FMWebRádio 13 de maio e três emissoras da Diocese de Jataí (recém dirigida pelo Arcebispo): Difusora de JataíSantelense Sul Goiana. Também a TV Aparecida transmitirá a celebração ao vivo.
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Veja o vídeo de divulgação da TV Aparecida


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sexta-feira, 25 de julho de 2014

VIII Encontro Mundial das Famílias

Escolhidos os dois Patronos

São João Paulo II
Filadélfia (RV) - Um Papa e uma mãe de família foram os dois santos escolhidos como patronos do VIII Encontro Mundial das Famílias, que acontecerá na cidade norte-americana de Filadélfia. O Papa é São João Paulo II, recentemente canonizado e principal impulsionador destes encontros. Padre Slawomir Oder, que foi postulador da Causa de Canonização de São João Paulo II, recorda que “Ele mesmo disse que queria ser lembrado como o ‘Papa da Vida e da Família’. Seu magistério realça o papel da família como o ambiente onde o homem cresce humana e espiritualmente”. 
Santa Gianna Beretta
A Patrona escolhida é Santa Gianna Beretta, uma médica italiana, mãe de família que morreu em 1962 devido a um tumor uterino. Ela decidiu que só faria a cirurgia necessária depois que seu filho em gestação nascesse. A criança nasceu, mas o câncer que contraíra tinha avançado muito e já não havia mais possibilidade de cura. Ela morreu. Morreu para defender a vida do filho. Santa Gianna foi canonizada em 16 de maio de 1994 pelo Papa João Paulo II e tornou-se a padroeira das mães gestantes. 
O VIII Encontro Mundial das Famílias será realizado de 22 a 27 de setembro de 2015 e, embora não esteja confirmado, dá-se como certa a presença do Papa Francisco para seu encerramento. (SP)
     Fonte: radiovaticana.va      Ilustrações: saopio.wordpress.com     evangelhocotidiano.org
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quarta-feira, 23 de julho de 2014

CELAM realiza em agosto

1º Congresso Latino-Americano de Agentes de Pastoral Familiar 

De 4 a 9 de agosto de 2014, acontece o 1º Congresso Latino-Americano de Agentes de Pastoral Familiar (I Colpafa) promovido pelo CELAM, na cidade do Panamá. O tema proposto para o encontro será "Família e desenvolvimento social para a vida completa e comunhão missionária", em comunhão com o próximo Sínodo Extraordinário dos Bispos sobre a Família, convocado pelo Papa Francisco.
Cartaz do Congresso
O Congresso é coordenado pelo Departamento de Família e Vida da Juventude CELAM, que em nota, explicou que "a ideia de organizar busca redescobrir a identidade da pastoral familiar da América Latina, para a vida plena e comunhão missionária. A proposta é que a conferência possa contribuir para formação dos agentes da família, a partir de estudos socioeconômicos e políticos, sociais e famílias valor de prioridade como fonte de desenvolvimento social.
A coordenação nacional da Pastoral Familiar, bispos referenciais e assessores do Brasil participarão do evento. A conferência será realizada em três etapas: 1) para compartilhar a vida e espiritualidade 2) identificar os desafios e horizontes pastorais, e 3) a construção de linhas de ação pastoral.
Outras cinco temáticas nortearão as reflexões durante o evento, são elas: (família e educação, comunicação familiar e da vida familiar, da família e da economia, e familiares e Nova Evangelização).
Fonte: a12.com
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terça-feira, 22 de julho de 2014

Para refletir

Famílias, Deus ama vocês

Irmãos, irmãs, amigos todos:
Família, amo vocês” é o título de um livro do filósofo francês Luc Ferry. Segundo ele, a família seria o último reduto de transcendência entre os humanos. Ou seja, se todos os valores transcendentes desaparecerem, a família vai resistir a tudo, porque é ali que se revela a capacidade do amor maior que só o humano tem.
Dom José Francisco
Pensando nisso, quis dar a esse artigo o título “FAMÍLIAS, DEUS AMA VOCÊS”. Porque é isso que eu sinto e vejo, e é isso que a História humana sempre constatou.
É que, vira-e-mexe, sempre alguém decreta a morte de algo inerente à existência. Assim, já foi decretada a morte de Deus, a morte da existência das igrejas e até da própria convivência humana. Da década de 60 para cá, com o aparecimento dos anticoncepcionais e o advento da revolução sexual, foi decretada a morte da família. Sim, diziam os revolucionários dos costumes, para quê, afinal, a família, se a mulher, já emancipada até do peso da maternidade (e de outros…) podia dispor livremente de seu corpo e de sua sexualidade? E se o homem, libertado da servidão de ter de sozinho alimentar as famílias, poderia, então, dar-se a diversões e repartir esse ônus com a mulher?
Ah, as famílias!
Observem em quanto a família faz parte do repertório da sobrevivência humana. À diferença dos outros animais, a vida de um bebê humano, ao nascer, é tão absolutamente desamparada, precária e dependente de cuidados, que só um cuidador prestimoso seria capaz de mantê-la. Mas tem mais. Também diferentemente dos outros mamíferos, mesmo dos mais próximos a nós, a criatura humana leva tanto tempo para cuidar de si mesma, que só a manutenção de uma família seria capaz de dar conta desse enorme dispêndio no projeto de construção do humano.
Vejam! Sem a construção do núcleo familiar, os humanos teriam desaparecido. Lembrem-se que os dinossauros eram muito maiores e melhor equipados do que nós. Eles desapareceram. Nós ficamos. Em grande parte, nossa permanência se deve à constituição do amor familiar. Ou seja, a família nunca vai desaparecer, porque não pode desaparecer. Ela faz parte do DNA humano de conservação da própria espécie: o mais básico de todos.
Mesmo assim, a História testemunha o quanto a família se modificou e quantas voltas teve de dar em si mesma para subsistir. Por exemplo, na década de 70, o ideal era o amor sem filho. Na década de 80, a “produção independente”. Agora, assistimos a ideia do filho sem amor.
Ah, as famílias!
Pensando nessas reinvenções da estrutura familiar, levando em conta o quanto ela significou e significa na perpetuação da espécie humana, o Papa Francisco convocou uma Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, em outubro próximo, para tratar dos desafios pastorais da família no contexto da evangelização.
Ou seja, além de todos os motivos elencados logo atrás para justificar a manutenção do vínculo familiar, motivos suficientes para interessarem a todos os homens e mulheres, indistintamente de seu credo ou cultura, levanta-se um outro motivo, muito maior, totalmente abrangente, que engloba boa parte da humanidade. E o motivo é este: a família é querida por Deus, desde a aurora dos tempos.
Essa verdade aparece no livro “O Evangelho da Família”, do Cardeal Walter Kasper. O livro afirma e repete que a família é fundada por Deus desde o início da Criação: é a mais antiga instituição da humanidade. Cristo fez seu primeiro sinal do Reino durante as bodas de Caná. Ele apreciou a família e a elevou a Sacramento, integrando o amor entre o homem e a mulher no plano maior do amor de Deus. O livro trata também da situação da família nas atuais condições de crise econômica e das condições de trabalho, onde e quando devemos dar a nossa ajuda, porque a grande maioria dos jovens quer uma família, quer uma relação estável, para a vida inteira. A felicidade dos homens depende também da vida familiar. E é dever da Igreja ajudar a quem se encontre em dificuldade para viver o ideal familiar, humano e cristão.
Eu encorajo, vivamente, vocês, irmãos e irmãs da Igreja de Niterói, a conhecerem o texto preparatório do Sínodo dos Bispos sobre “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”. Ele pode ser encontrado no site oficial do Vaticano, acessado através do buscador na internet.
Peço também que rezemos, todos os dias, à Sagrada Família, pela Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos:
Jesus, Maria e José, em vós contemplamos o esplendor do verdadeiro amor e, com confiança, nos voltamos para vós.
Sagrada Família de Nazaré, fazei com que nossas famílias sejam lugares de comunhão e cenáculos de oração, autênticas escolas do Evangelho e pequenas Igrejas domésticas.
Sagrada Família de Nazaré, que nas famílias nunca haja violência, fechamento ou divisão, que os que foram feridos ou escandalizados sejam consolados e curados.
Sagrada Família de Nazaré, nós vos suplicamos que, por ocasião do próximo Sínodo dos Bispos, se reacenda em todos a consciência do caráter sagrado e inviolável da família, e da sua beleza no projeto de Deus.
Jesus, Maria e José, ouvi e atendei a nossa súplica.
                            Dom José Francisco Rezende Dias - Arcebispo de Niterói (RJ)
                                                                                                    Fonte: arqnit.org.br
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sexta-feira, 11 de julho de 2014

Dom José Luiz Majella Delgado

 fala sobre a expectativa para a nova missão


O Papa Francisco nomeou, no final do mês de maio, Dom José Luiz Majella Delgado, como arcebispo de Pouso Alegre (MG), transferindo-o da diocese de Jataí (GO).
Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro - 2013
Dom José Luiz Majella Delgado é natural de Juiz de Fora (MG), nascido em 19 de outubro de 1959. Membro da Congregação do Santíssimo Redentor, Dom José Luiz recebeu no dia 29 de junho, em Missa presidida pelo Papa Francisco na Basílica de São Pedro no Vaticano, a imposição do “Palio”.
Em entrevista ao portal A12.com, o novo arcebispo de Pouso Alegre que toma posse no próximo dia 02 de agosto, falou sobre as expectativas, desafios e projetos para a nova missão.
A12 - Qual o seu lema episcopal e como pretende honrá-lo na Arquidiocese de Pouso Alegre?
Dom Majella - “Per caritatem servire”, “servir por amor” (cf. Gl 5,13). Desejo concentrar o ministério episcopal no serviço por amor, isto é, não entregar tudo passivamente às mãos da Providência, mas empenhar-me arduamente, sobretudo no trabalho apostólico. O “amor serviço aos outros” é o projeto de Deus revelado em Jesus Cristo, que no lava-pés (cf. Jo 13,1-12) se traduz em ação concreta. Porém, o “lava-pés” de Jesus se prolonga até a cruz, e nela tem seu ponto culminante. É a expressão máxima do amor: “dar a vida”. É na pequenez “dos servos amigos de Jesus” que desejo tecer relações de encontro e confronto com os sacerdotes e todo o povo na construção de uma sociedade sempre mais próxima do Reino do Deus.
A12 - Qual a expectativa do senhor para a Arquidiocese de Pouso Alegre?
Dom Majella - É uma nova experiência, o que gera inquietações e ansiedades. Tenho consciência das minhas fragilidades, por isso busco o refúgio no Senhor que nos diz: “Eu conheço aqueles que escolhi” (Jo 13,18). É Nele que busco forças, pois a oração é o meu alimento, em especial a Eucaristia. Desejo caminhar junto com todos os que já trabalham na Arquidiocese, clero, religiosos (as), agentes das Pastorais e Movimentos eclesiais, seminaristas, sempre em comunhão com a Igreja, com o Santo Padre, com os Bispos do Regional Leste II da CNBB, e com as equipes de trabalho, ministérios, associações religiosas e com todo o povo e autoridades dos 45 municípios que compõem a Arquidiocese de Pouso Alegre. Quero com muito respeito caminhar com as Dioceses sufragâneas, Campanha e Guaxupé, assumindo as suas histórias. Como Igrejas missionárias precisamos sempre avançar para as águas mais profundas – sem medos – em busca de tantos destinatários do Evangelho. Quero que o meu ministério, nesta região do Sul de Minas chegue às “periferias existenciais e pastorais”, sendo um “serviço à Esperança” neste mundo de tantos desencantos. Peço a oração de todos para que, através do meu pastoreio, seja feita a vontade de Deus nessa Arquidiocese.
A12 - Como a espiritualidade redentorista influenciará no seu episcopado em Pouso Alegre?
Celebração em comunidade de assentamento
Diocese de Jataí (GO)
Dom Majella - A espiritualidade redentorista é continuar o exemplo de Jesus Cristo Salvador. É ser presença. Por isso que é essencialmente missionária. Desejo seguir o exemplo do Senhor atendendo de modo especial os pobres, os humildes e os sofredores. Almejo continuar empenhando para expressar em minha vida o zelo apostólico de Santo Afonso de Ligório, o fundador da Congregação do Santíssimo Redentor. Tenho consciência de que sou chamado a continuar a presença de Cristo e sua missão de Redenção no mundo, por isso escolhi a pessoa de Cristo como centro de minha vida. É meu desejo ser transparência do Redentor. Assim quero pautar a minha vida de bispo na Arquidiocese de Pouso Alegre. O Papa Francisco, no discurso aos bispos do CELAM, no Rio de Janeiro por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, disse o que deve ser (e não ser) o Bispo: “Ele deve guiar, que não é o mesmo que dominar”. Continuando o pensamento do Papa: “os bispos devem ser Pastores, próximos das pessoas, pais e irmãos, com grande mansidão: pacientes e misericordiosos.” Assim, quero estar atento aos sinais dos tempos, sendo na Arquidiocese um companheiro e ministro de Jesus Cristo na obra da Redenção.
A12 - Como fazer com que as paróquias sejam mais missionárias, como pediu o papa Francisco?
Dom Majella - Acredito que para a paróquia ser mais missionária é preciso que todos, os párocos, os conselhos, os movimentos estejam motivados e conscientes, em sintonia e comunhão. Como afirma o Papa Francisco na exortação apostólica Evangelii Gaudium, “a Paróquia precisa fazer a sua “conversão pastoral e missionária”, para expressar melhor a sua vida e missão nos tempos atuais”. Que os padres tenham claro o que pede a Igreja e que, em sintonia com o presbitério, queiram realmente dar passos decididos. E, é claro, que os leigos, que são a maioria do povo de Deus, também devam ser motivados e formados, comprometidos e unidos. A Igreja missionária deve ser próxima das pessoas, acolhendo a todos com bondade, misericórdia, perdão, acompanhamento, sem exclusão de ninguém.
A12 - A diferença entre o perfil das cidades (Diocese de Jataí/Arquidiocese de Pouso Alegre) muda a receptividade à evangelização?
Dom Majella recebendo o Pálio 
das mãos do Papa Francisco - 29 de junho de 2014
Dom Majella - Ainda não conheço a realidade sócio-econômica-eclesial de Pouso Alegre. É fato de que precisamos encontrar caminhos de evangelização que atendam as diversas realidades diocesanas. Certamente encontrarei dificuldades. Mas, almejo olhar as paróquias para conhecer as diferentes realidades, ver quais as atividades, práticas pastorais, iniciativas que favoreçam um encontro pessoal e profundo com Jesus Cristo. Como na região do Sudoeste goiano foi necessário encontrar formas de colocar em prática a ação evangelizadora envolvendo o maior número possível de fieis na nova consciência de Igreja, uma Igreja servidora, aberta, acolhedora, animada e dedicada ao crescimento do Reino de Deus, acredito que também no Sul de Minas não será muito diferente. E, com o bom povo mineiro iremos traçar as propostas e caminhos de ação para que todas as comunidades caminhem juntas.
A12 - O senhor tem algum projeto em vista para a Arquidiocese?
Dom Majella - Continuar caminhando com as resoluções das últimas Assembleias arquidiocesanas, agindo com determinação e entusiasmo. Aqui está a motivação para buscar os meios bem práticos de reforço da estrutura paroquial, de unidade das igrejas em comunidades sólidas, com intensa participação e articulação dos movimentos e pastorais. É isto que nos possibilita ter cristãos mais ativos, preparados, comprometidos e conscientes.
                                                                                                      Fonte: A12.com
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terça-feira, 8 de julho de 2014


Alegria do Evangelho, sete tentações pastorais

O Papa Francisco na Exortação Apostólica sobre a alegria do Evangelho, aponta sete tentações dos agentes pastorais, portanto, das lideranças incluindo os bispos, presbíteros, diáconos, religiosos e leigos.
1. Falta de espiritualidade. Esta tentação se caracteriza pela oração fraca, pouca vida interior, superficialidade espiritual. As consequências são graves: viver como se Deus não existisse, centralização autoritária, crise de identidade, desprezo dos pobres, superficialidade pastoral, falta de alegria, acomodação e facilidade no lugar da fidelidade.
2. Acédia egoísta. Acédia é preguiça. As manifestações da preguiça pastoral são: exagero de tempo livre, falta de motivação, fadiga e cansaço, desilusão e reclamação. Não há criatividade nem ousadia pastoral, pelo contrário, mesmice, desilusão e tristeza melosa que é o mais precioso “elixir do demônio”. Estes agentes de pastoral têm uma “psicologia de túmulo”, parecem “múmias de museu”. Vivem reclamando do excesso de trabalho e se afastam do povo.
3. Pessimismo estéril. Estes pastoralistas “profetas da desgraça” têm “cara de vinagre” porque se lamentam e vivem uma sensação contínua de derrota. São vítimas da ansiedade e da lamúria e assim enterram talentos.
4. Isolamento em relação à comunidade. Esta tentação se configura na distância e isolamento do povo, da comunidade com atitudes defensivas e tendência de esconder-se, livrar-se dos outros. Ainda mais, a tentação de mudar de lugar. Esta é a primeira fuga que ataca os agentes de pastoral. Buscam a privacidade confortável, o fechamento em si que é um “veneno amargo”, afastando-se assim do povo e da comunidade.
5. O mundanismo espiritual. Esta tentação é perversa. O agente pastoral usa Deus, a Igreja, os cargos, para autopromoção, exibição, interesses pessoais, desejo de glória. Sente-se superior aos outros, apega-se às seguranças doutrinais e disciplinares, controla os demais, forma um “grupo de elite” que analisa, classifica e controla os outros. Uns manifestam mundanidade espiritual nas liturgias ritualistas e exibicionistas, outros na complacência de conquistas sociais, caritativas, políticas. Em ambos há sentimentos de vaidade e superioridade. Fazem leis para os outros, olham de cima para baixo e prescrevem o que os outros devem fazer, mas, eles não se envolvem na prática e ação pastoral.
6. As guerras entre nós. Entre os agentes de pastoral há: brigas, ciúmes, invejas, espírito de contenda e divisões por causa da espiritualidade, da mentalidade, da visão pastoral. Dói muito, diz o Papa Francisco, perceber que até nas comunidades de vida consagrada, há carreirismo, calúnia, difamação, vingança, perseguição, imposição das próprias ideias.
7. Omissão diante dos desafios eclesiais. Os desafios eclesiais apontados pelo Papa são: os leigos na Igreja e no mundo, a questão da mulher, o protagonismo dos jovens, a escassez de vocações, o enfraquecimento da vida consagrada e a exclusão e descuido com os idosos. Senhor livrai-nos do mal e não nos deixeis cair em tentação.
                             Dom Orlando Brandes - Arcebispo de Metropolitano de Londrina
                                    Fonte: arqlondrina.com.br    Ilustração: franciscanos-rs.org.br
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segunda-feira, 7 de julho de 2014

Dom Petrini fala sobre a resolução

 “Proteção à Família” do Conselho de Direitos Humanos da ONU

O Conselho de Direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em seu 26° período de sessões, aprovou a resolução de “Proteção à Família”, que reconhece a família como o núcleo “natural e fundamental da sociedade, e tem direito a proteção por parte da sociedade e o Estado”.
Dom João Carlos Petrini, Bispo de Camaçari (BA), Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família e Diretor da seção brasileira do Pontificio Instituto João Paulo II para Estudos sobre Matrimônio e Familia, em entrevista ao A12.com, comentou a resolução da ONU.
A12 - Como a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família da CNBB avalia a resolução "Proteção à Família" da ONU?
Dom João Carlos Petrini
Dom Petrini - É com grande alívio que tomamos conhecimento da resolução do Conselho de Direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em seu 26° período de sessões de “Proteção à Família”, na qual a família é reconhecida como o núcleo “natural e fundamental da sociedade, e tem direito a proteção por parte da sociedade e o Estado”.
Trata-se de uma decisão importante e muito inesperada. O mundo da comunicação e também o mundo político pode ser alimentado e movido por informações que correspondem à realidade, observada a partir de estudos científicos sérios. Mas, pode ser alimentado também por ideologias elaboradas por grupos de militantes que não correspondem à realidade assim como ela pode ser observada, antes, tem como objetivo desconstruir a realidade da família, mesmo em sua positividade, procurando construir em seu lugar outra coisa, a partir das imagens que a ideologia sugere.
Existem muitos estudos¹ que, a partir de investigações de caráter científico, chegam à conclusão de que a família constitui um recurso essencial para o crescimento da pessoa e para o desenvolvimento da sociedade.  
A12 - É possível dizer que há uma tendência dos últimos tempos de tratar a família como o centro dos conflitos? Por quê? 
Dom Petrini - A família enfrenta circunstâncias sociais e culturais adversas. Por exemplo, as exigências atuais do trabalho não somente demandam muitas horas fora de casa que aumentam pelas dificuldades da mobilidade urbana. Esta circunstância afeta não somente os homens, mas também as mulheres. Além disso, especialmente quem está em cargo executivo, necessita viajar de uma capital a outra para responder às necessidades das empresas. Já nos anos 80, o sociólogo alemão Ulrich Beck afirmava que na sociedade moderna plenamente realizada não há lugar para a família, não há lugar para os filhos. Além dessas dificuldades objetivas, existem grupos que atribuem à família os piores males que afetam a mulher e os adolescentes: violências e opressões de todos os tipos. Por isso, a solução seria “des-familiarizar”, reduzir a família ao mínimo.
Já muitos passos foram dados nesse sentido. Um deles é a equiparação da família com qualquer convivência sob o mesmo teto motivada por algum tipo de afetividade: se tudo é família, então, nada é família. Perdem-se as características constitutivas da realidade familiar que tiveram vigência desde Adão e Eva até outro dia. Outro passo é a tentativa de suprimir as palavras pai e mãe, substituindo-as com genitor A e genitor B. As figuras do pai e da mãe seriam reduzidas a (ou trocadas por) cuidadores. Isto quer dizer que as relações de paternidade e de maternidade perdem suas características constitutivas da existência das novas gerações e são substituídas por relações de tipo funcional, que por natureza são intercambiáveis. Esta operação ousada de anulação da parentalidade poderá ter muitas consequências atualmente não consideradas.
A12 - Se há uma tendência dos últimos tempos de tratar a família como o centro dos conflitos, como reverter isso?
Dom Petrini - A família é como a busca por liberdade: podemos viver no regime mais autoritário e opressor do mundo ou no país mais injusto e corrupto, capaz de entorpecer as pessoas intimidando-as e procurando persuadi-las de que o poder deles é invencível, tudo banalizando para esvaziar significados e inibir desejos. Assim mesmo, sempre haverá pessoas sonhando com liberdade e justiça, planejando formas de reverter a situação. De fato, a família, de um lado, se adapta a este mundo moderno e às mudanças que ocorrem na sociedade e, de outro lado, resiste, procurando driblar as adversidades.
Nesse sentido, a família, seu modo de organizar suas relações internas (a conjugalidade, a paternidade e a maternidade, a fraternidade, etc.) e as relações com o contexto sociocultural, será sempre mais fruto de uma escolha livre e consciente das pessoas.
Existem muitas famílias novas, que assimilaram os valores mais importantes da cultura moderna, tais como a igualdade entre os sexos e o diálogo entre as gerações, rejeitando atitudes autoritárias próprias do machismo e estilo disciplinador de educar os filhos. No entanto, preservam valores que são considerados próprios da tradição (não modernos) tais como a fidelidade conjugal, a dedicação aos filhos, a disponibilidade ao sacrifício pessoal para o bem de outro e do conjunto. São as famílias ligadas à Pastoral Familiar e as que nascem de grandes Movimentos Católicos e de Novas Comunidades.
A12 - O Brasil foi um país que se absteve do voto nessa resolução da ONU. Como podemos avaliar a proteção às famílias em nosso país?
Dom Petrini - No Brasil, a proteção à família está garantida na constituição. Além disso, a grande maioria das pessoas preza pela família, mesmo quando esta parece dissolver-se em suas mãos, sem compreender o que está acontecendo. De fato, cerca de 90% da população brasileira considera a família como o maior valor. E cada um deseja que a sua família dure no tempo.
No entanto, lideranças com alta escolaridade e com influência nos meios de comunicação e em áreas do poder político não hesitam em ir contra a vontade da maioria, procurando variados meios para impor sua visão. Evidentemente, não interessa a realidade popular e menos ainda a democracia e, sim, a imagem ideologicamente elaborada de uma sociedade sem pais e sem mães, com formas familiares de breve duração que possam ser produzidas à vontade, com exigências e responsabilidades reduzidas ao mínimo.
Não é difícil observar, nesse horizonte, o emergir de modos desumanos de conviver, situações sempre mais difusas de solidão, necessidade de evadir-se da realidade com consumo de grandes quantidades de álcool e de drogas, com índices assustadores de violência.
A família, fundada no vínculo indissolúvel do matrimônio, constituída por um homem e uma mulher e por eventuais filhos, é o modo melhor de viver o amor humano, a maternidade, a paternidade, porque corresponde ao desígnio de Deus, é o caminho da maior realização humana e, ao mesmo tempo, constitui o bem mais decisivo para que a sociedade cresça na paz. Por isso, o Bem-aventurado João Paulo II, na Familiaris Consortio afirmava: “O futuro da humanidade passa através da família”.
O testemunho de uma humanidade redimida, de pessoas realizadas e felizes na família cristã poderá vencer o vazio de humanidade que se percebe no quotidiano e que é alimentado pela ideologia do relativismo e do individualismo. Assim, nasce a família missionária, capaz de comunicar aos outros a alegria, a beleza e a paz de que faz experiência. Uma realidade assim pode existir somente como fruto de uma educação que oferece aos membros da família as razões para decidir livremente suas escolhas de vida.
¹ Estudos que vão desde o Perry Preschool Program e das considerações sobre seus resultados elaboradas por James Heckman em Stimulating the Young que podem ser vistas no sito “The American” e na transmissão radiofônica na National Public Radio do dia 05 de agosto de 2009, “Scholar: Early Education Makes all the difference”, podendo continuar com os estudos de D. W. Winnicot e os de Pierpaolo Donati da Universidade de Bolonha ou os estudos de E. Scabini e G. Rossi da Universidade Cattolica de Milão, por exemplo, no livro La ricchezza delle Famiglie.
Fonte: A12.com
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quarta-feira, 2 de julho de 2014

CNBB publica Estudo

sobre a participação dos leigos na Igreja e na sociedade

Foi publicado pelas Edições CNBB o texto de Estudos nº 107 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Tema prioritário aprovado durante 52ª Assembleia Geral da Conferência, realizada em Aparecida (SP), de 30 de abril a 9 de maio, “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade” pretende animar o laicato na compreensão de sua atuação como sujeitos eclesiais nas diversas realidades em que se encontram inseridos. Ainda no título, encontra-se a passagem do Evangelho de São Mateus, que convida os discípulos de Jesus serem “Sal da Terra e Luz do Mundo” (cf. Mt 5, 13-14).
O texto, baseado no método ver-julgar-agir, divide-se em três capítulos: “O Mundo Atual: Esperanças e Angústias”, “O Sujeito eclesial: Cidadãos, Discípulos e Missionários”, e “A ação Transformadora na igreja e no Mundo”. 
De acordo com o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, os leigos são “mulheres e homens que ajudam na construção do Reino da verdade e da graça, do amor e da paz; que assumem serviços e ministérios que tornam a Igreja consoladora, samaritana, profética, serviçal, maternal”.
Para o bispo de Caçador (SC) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, dom Severino Clasen, o texto de estudos quer restabelecer o sentido da vida e da existência. “Todo cristão leigo e leiga tem um papel decisivo também na Igreja, presente no seu testemunho de vida e coerência de se apaixonar por Jesus Cristo. E nesta paixão, neste amor, no seguimento a Ele, buscar também caminhos para transformar a sociedade”, afirmou.
A expectativa da Comissão Episcopal para o Laicato é que o texto seja estudado nas dioceses para receber novas contribuições e, depois, surja um documento que traduza a razão da presença dos leigos na Igreja e na sociedade.
A publicação pode ser adquirida pelo site www.edicoescnbb.com.br ou pelo televendas (61) 2193-3019.
Estão disponíveis no site da CNBB uma sugestão de estudo do texto e uma ficha de emendas para envio das contribuições.
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Dom José Luiz Majella Delgado

das mãos do Papa Francisco

Dom José Luiz recebendo o Pálio
Durante a celebração da Santa Missa da Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, presidida pelo Papa Francisco em Roma, Dom José Luiz Majella Delgado, CSsR, arcebispo de Pouso Alegre (MG) e Dom Jaime Spengler O.F.M, arcebispo de Porto Alegre (RS), receberam a imposição do Pálio, sinal de comunhão com o Bispo de Roma, juntamente com os demais arcebispos nomeados desde a celebração da solenidade ano passado. 
O Clero da Arquidiocese de Pouso Alegre foi representado pelos padres Dirlei Abércio da Rosa e Juliano de Almeida Oliveira, que atualmente estão realizando seus estudos em Roma.
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Veja algumas fotos disponibilizadas pela Rádio Vaticano

Pálios
Dom Majella

Dom Majella
Dom Jaime
Dom Jaime




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