sábado, 30 de agosto de 2014

Reunião Extraordinária da Pastoral Familiar

                                                “ Eu e minha família serviremos ao Senhor!”
(Js 24, 15)
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Neste sábado, realizou-se no Centro Pastoral da Paróquia São João Batista em Pouso Alegre uma reunião extraordinária da Comissão Arquidiocesana da Pastoral Familiar. Coordenada pelo casal Luiz e Rita Camporezi, com a Assesssoria do Pe. Lucimar Pereira Goulart, o encontro teve a participação de 21 membros de quatro setores pastorais.
Com e em prol das famílias
A reunião foi aberta com acolhida feita pelo pároco, Pe. Vanderelei Assis Xavier. Seguiu-se a oração inicial dirigida pelo Pe. Lucimar. Luiz Camporezi iniciou os trabalhos justificando a necessidade do encontro, que teve como objetivo principal ouvir os setores sobre as luzes e sombras da caminhada. Feito o levantamento, o resultado será levado para o Encontro do Leste II.
Houve grande envolvimento dos participantes no levantamento de informações. Foram ainda feitos encaminhamentos na busca de soluções para a formação de comissões setoriais em dois setores que ainda não as possuem e para a dinamização nos demais. Ficou ainda marcado um Retiro para os membros da CAPF no dia 19 de outubro na Paróquia Nossa Senhora da Piedade em Crisólia.
Com a oração, bênção final e um momento de confraternização com um saboroso cafezinho foi encerrado o encontro.
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Momentos da reunião










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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Reflexão oportuna

O leigo

O católico leigo assume seu papel na família, na Igreja e na sociedade com a missão de dar sabor humano, ético, transformador e promotor da vida digna para as pessoas, estruturas e organizações. Ser sal e luz nessas realidades o faz realizado e realizador do ideal de construir uma comunidade e uma sociedade com o novo humano e cristão. Diferencia-se do mero repetidor do trabalho e do comportamento de quem vive sem mudar os critérios do mundo paganizado.  
Cristãos leigos e leigas:
evangelizadores na família e no mundo
Ele se insere no mundo das profissões com o tino vocacional de prestar um serviço de qualidade para o progresso humano, com sustentabilidade moral e de bem estar para todos. Pensa em si e na família com a hipoteca social de promoção do bem comum. No mundo da política usa seus dons para a real promoção da cidadania, com especial sensibilidade aos excluídos. Trabalha diuturnamente para o uso de todos os recursos da sociedade em bem da distribuição equitativa e de serviço às necessidades das pessoas e organizações. Não sucumbe às pressões da baixa politicagem e da corrupção. Usa a sabedoria humana e divina para acertar os passos da causa da dignidade da vida e da pessoa humana.  
Na vanguarda da implantação dos critérios da ética e da consciência de cidadania com os valores cristãos no mundo, o leigo mostra seu encantamento por seguir os passos do Divino Mestre. Contagia seu meio ambiente com o cunho de servir o ser humano com o amor próprio de sua consagração batismal. Não espera que outros de variadas vocações na Igreja suplantem sua missão característica de leigo consciente e responsável. Seu papel é proativo na comunidade eclesial, na família, no trabalho e na sociedade. Coopera com os demais membros das diversas funções e vocações para um serviço em comunhão e subsidiariedade. 
O papa Francisco coloca a necessidade de a Igreja estar sempre “em saída”, ou seja, em atitude de ir ao encontro do outro para lhe ofertar acolhida, justiça, misericórdia, amor e dignidade. O leigo não renuncia jamais essa característica em sua vocação de discípulo e missionário de Cristo, como membro responsável de sua comunidade religiosa.  
O documento de estudo “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade – Sal da Terra e Luz do Mundo, Cf. Mt 5,13-14” (Estudos da CNBB 107) merece atenção especial para seu conhecimento e prática. Faz uma introdução mostrando a ação do leigo no mundo e na Igreja, como sujeito eclesial. No capítulo primeiro ressalta a ação do mesmo no mundo globalizado, ajudando sua transformação. No seguinte faz referência à sua missão, com características específicas, numa Igreja diversificada e em comunhão. Depois apresenta a organização do laicato, sua formação e ação pastoral.  
O protagonismo do leigo reforça todas as vocações eclesiais, a ponto de o mesmo cooperar para um trabalho em conjunto, sem um encobrir o ministério do outro. Na diversidade de funções, com a mútua cooperação é que se dá força à Igreja para ela ser “luz para o mundo”, ajudando a erradicar as causas de morte e injustiças para reinar a vida digna e plena para todos, com os valores humanos e cristãos.  
O leigo consciente e progressivamente maduro entra no âmago da convivência humana, transformando-a com a vida nova trazida pelo Filho de Deus. Então sua contribuição mostra o quanto é gratificante sua missão de dar vida ao convívio humano. Essa vida vem do dom de Deus.  
A maior força do leigo provém de Deus. Seu maior instrumento é o amor, vivido e fortificado na comunidade eclesial. Seu potencial humano e evangelizador é, então, afinado com sua vocação de servir à causa do Reino de Deus. Alimenta-se da oração, da Palavra de Deus, da comunhão eclesial e dos outros meios deixados por Cristo na sua Igreja.  
                                 Dom José Alberto Moura - Arcebispo de Montes Claros (MG)
                                           Fonte: cnbb.org.br       Ilustração: terradaboaesperanca.com
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Em preparação à Semana da Vida

Comissão Nacional disponibiliza materiais

A Comissão Nacional para a Vida e Família já disponibiliza os matérias para a Semana da Vida que será celebra de 01 e 07 de outubro, culminando com o Dia do Nascituro, 08 de outubro.
Estão disponíveis no site da Pastoral Familiar os materiais para divulgação da Semana Nacional da Vida. Para este ano, o tema proposto pelo "Hora da Vida" é "Vida e Missão: lançar as redes em águas mais profundas", com sete encontros e diferentes abordagens para reflexão e estudo nas comunidades.
O bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Vida e Família, dom João Carlos Petrini, explica que a Semana da Vida trata-se de uma oportunidade para debater com a sociedade a dignidade da pessoa humana em todas as suas fases. "Compreender e admirar são passos necessários para acolher e respeitar a vida, para superar a visão da cultura dominante que tende a banalizar e a considerar de maneira superficial", explica o bispo.
                                                                                                           Fonte: a12.com
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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Convite

Reunião Extraordinária da Pastoral Familiar
Eu e minha família serviremos ao Senhor!”
(Js 24, 15).
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No próximo sábado, dia 30, às 14 horas, será realizada na Paróquia São João Batista em Pouso Alegre uma Reunião Extraordinária da Comissão Arquidiocesana da Pastoral Familiar
O tema central do encontro será a Assembleia do Regional Leste II. Serão também debatidos encaminhamentos para este semestre.
A presença de todos os membros da CAPF será muito importante para o êxito da reunião.
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Responsáveis pelo convite: Pe. Lucimar, Rita e Luiz
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domingo, 24 de agosto de 2014

Este Domingo é dedicado à Vocação dos

Cristãos leigos e leigas

Este quarto domingo de agosto é dedicado aos leigos. A data chega bem, para situar uma iniciativa importante que está em andamento, relativa à identidade eclesial e à missão dos leigos.
Trata-se do documento que está sendo construído pela CNBB, no qual se procura aprofundar e atualizar a compreensão da vida e da missão dos leigos, na Igreja e na Sociedade.  Ainda estamos em tempo de colaborar com nossas ponderações e sugestões, para que o documento receba a aprovação oficial da CNBB na próxima assembleia, em abril do ano que vem.
Unidos para testemunhar e anunciar Jesus
Este trabalho está sendo conduzido pela Comissão especial, nomeada pela CNBB, que conta, sobretudo, com a participação de leigos, que recolhem as colaborações através das diversas instâncias da organização dos leigos, entre as quais se destaca o Conselho Nacional do Laicato do Brasil, com os respectivos Conselhos Regionais, a Assembleia Nacional dos Organismos do Povo de Deus, e outros.
Por estas referências, já percebemos um fato muito promissor: os leigos estão encontrando caminhos para se articularem, e para atuarem, seja no contexto da Igreja como da Sociedade.
Em termos de processo histórico, tomando como ponto de partida o Concílio Vaticano II, percebemos uma cadência interessante. São 50 anos do Concílio, são 25 anos da Exortação Christifidelis Laici, e são 15 anos do documento da CNBB sobre a Missão e os Ministérios dos cristãos Leigos e Leigas.
Tudo parece pedir uma retomada das reflexões, para situar de novo esta questão, atualizando-a face às muitas mudanças ocorridas depois do Concílio.
Uma boa aquisição, fruto desta caminhada de reflexão e de inserção dos leigos na vida e na missão da Igreja, foi a mudança semântica, consignada a partir da Christifidelis Laici, que consistiu na inversão de funções literárias das palavras. O que era substantivo passou a adjetivo, e inversamente, o que era adjetivo foi guindado a substantivo. Não se fala mais os “leigos cristãos”, mas em “cristãos leigos e leigas”.
Isto sinaliza uma visão teológica bem mais abrangente, decorrente da visão conciliar de “Igreja Povo de Deus”, em que todos, em primeiro lugar, somos cristãos, a título igual, com a mesma dignidade e a mesma pertença à Igreja.
A partir desta visão teológica de Igreja Povo de Deus foi se firmando a mudança de enfoque. O que nos identifica a todos, é o fato primordial de todos sermos membros do Povo de Deus. Esta nova ênfase, suscitada nos embates teológicos do próprio Concílio, permanece como a afirmação de maior potencial teológico do Concílio Vaticano II. A partir dela se produziu o que o Cardeal Döfner qualificou como a “revolução copernicana” na compreensão da Igreja. Como Copérnico descobriu que era a terra que girava ao redor do sol, e não o contrário, assim na Igreja, é a hierarquia que está a serviço do Povo de Deus, e não o Povo de Deus que está ao serviço da hierarquia.
Isto tudo tem suas consequências, que demandam tempo para serem assimiladas, e mais tempo ainda para serem implementadas.
Por isto tudo é conveniente voltarmos a refletir sobre a identidade e a missão própria dos cristãos leigos e leigas, sobre quem mais incidiu esta “revolução teológica” causada pela eclesiologia conciliar.
Mas para isto, a melhor maneira é conferir de perto como está sendo preparado este novo texto, para o qual ainda podemos colaborar.
O fundamento já está lançado: em primeiro lugar, somos todos cristãos. A partir daí, cada um veja como qualifica esta realidade substantiva.
                                                       Dom Demétrio Valentini - Bispo de Jales (SP)
                                                      Fonte: cnbb.org.br     Ilustração: padrelucimar.com
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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Pontifício Conselho para a Família

apresenta seu site em cinco idiomas

A nova versão da página na internet do Pontifício Conselho para a Família traz novidades, agora em cinco idiomas: inglês, espanhol, italiano, francês e português.





















O site tem a proposta de disponibilizar conteúdos formativos e notícias atuais referentes à família, além de reflexões oferecidas pela Igreja sobre a temática. Na página é possível navegar por diferentes abas de conteúdos como "Igreja", "sociedade", "cultura", "pessoas", "sínodo" e ficar por dentro dos eventos.
Na dimensão formativa é possível encontrar artigos e reflexões de cardeais e bispos sobre temas relacionados à vida e a família, e mensagens do presidente do Pontifício Conselho para a Família, dom Vincenzo Paglia. Há também espaço para as homilias e catequeses com o papa Francisco que são postadas semanalmente no site. 
O site do Pontifício Conselho também interage com as redes sociais Facebook, Twitter, e mantém um canal no Youtube, entre outras plataformas, e conta com galeria de vídeos e fotos.
O site foi lançado oficialmente em dezembro de 2012 em quatro idiomas. 
                                                                                                                      Fonte: a12.com
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Conselho Arquidiocesano de Pastoral

reúne-se com Dom Majella

Na manhã do último sábado (16), realizou-se o encontro do Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP), de coordenadores de pastorais e movimentos, membros de conselhos pastorais, comissões da última Assembleia, coordenadores e vices dos Conselhos Setoriais de Pastoral (COSEPAs) e assessores das pastorais e movimentos da Arquidiocese de Pouso Alegre com o novo arcebispo dom José Luiz Majella Delgado, CSsR, para momentos de partilha, estreitamento de laços e encaminhamentos pastorais.
Pe. João Bosco fala aos presentes - Dom Majella no centro
O encontro, que contou com a presença de dezenas de leigos e presbíteros que constituem o CAP, iniciou-se com uma belíssima oração da manhã, que favoreceu a comunhão entre todos em torno da Palavra de Deus. Em seguida, a funcionária da Cúria Metropolitana e representante da pastoral catequética, Maria Cristina de Souza Fariaem nome dos membros do Conselho Arquidiocesano de Pastoral, fez a acolhida a Dom Majella.
Seguiu-se a fala do  Pe. João Bosco de Freitas, coordenador diocesano de pastoral, que convidou os membros do Conselho a refletirem sobre a caminhada pastoral, levantando as alegrias, inquietações e os anseios da ação evangelizadora na Arquidiocese de Pouso Alegre.
Após a partilha socializada entre todos, dom Majella transmitiu sua mensagem pastoral, valorizando e animando a presença do CAP na vida de Igreja das paróquias. Convidou os presentes para a Assembleia Arquidiocesana prevista para o próximo ano de 2015, conclamando a todos para a missão profética, em unidade e comunhão com uma pastoral de conjunto. “Nossa missão é fazer acontecer a fama de Deus, em todas as comunidades”, enfatizou o arcebispo.
                                                                                              Fonte: arquidiocesepa.org.br
Publicação: Pe. Paulo Giovanni Peeira Texto: Cristiano Oliveira  (adaptado pelo blog)
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Momentos do encontro




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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Congresso da Pastoral Familiar

encerra com mensagem de esperança

O 1º Congresso Latino-Americano da Pastoral Familiar, no Panamá, encerrou no sábado, 9, com mensagem de valorização a missão do matrimônio, da família e da vida. No texto divulgado pelo Departamento de Família, Vida e Juventude do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), o Congresso foi avaliado positivamente pelos participantes, como sendo uma oportunidade de revisão do caminho pastoral e definição de estratégias para enfrentar os desafios que são apresentados “a realidade das famílias latino-americanas e caribenhas”.
Dom João Carlos Petrini apresenta seu tema
Na mensagem foi lembrada a situação de violência enfrentada pelas famílias no Iraque, no desejo de paz e justiça para o povo daquele país. “Sim, queridas famílias, é possível ser um bem para a humanidade, já que a família é o coração da pessoa humana, o verdadeiro tesouro da humanidade”, expressaram os congressistas que também demonstram comunhão ao papa Francisco.
O evento teve início dia 4 e reuniu mais de 350 participantes para debater o tema “Família e desenvolvimento social para a vida completa e comunhão missionária". Delegados da Pastoral Familiar e da Pastoral Juvenil do Brasil, Argentina Colômbia, México, Venezuela, Costa Rica, Honduras e República Dominicana refletiram sobre a missão da família no contexto atual. No Congresso, o bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom João Carlos Petrini, apresentou o tema "Desafios da Pastoral Familiar para a vida plena e a comunhão missionária".
Confira a íntegra da mensagem:
Mensagem final do I Congresso Latino-americano de agentes de Pastoral Familiar
“Eu e minha família serviremos ao Senhor”
Queridas famílias latino-americanas e caribenhas: “Eu e minha família serviremos ao Senhor” (cf. Js 24, 15).
Convocados pelo Departamento de Família, Vida e Juventude do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), reunimo-nos na Arquidiocese da Cidade de Panamá, as delegações das Conferências Episcopais da América Latina e Caribe com a presença do Pontifício Conselho para a Família (Roma), para vivenciar o I Congresso Latino-americano de Agentes de Pastoral Familiar, de 4 a 9 de agosto de 2014, com o tema “Família e desenvolvimento social para a vida plena e a comunhão missionária”.
Vivemos dias de experiência fraterna, intenso ambiente de trabalho, alegria e profunda reflexão que nos permitiram reavivar em nós a certeza de ser uma única família congregada no amor e na ternura de um mesmo Deus e Pai. Assim, guiados pelo Espírito Santo, revisamos nosso caminhar pastoral e buscamos juntos novos horizontes para enfrentar os desafios que hoje nos apresenta a realidade das famílias latino-americanas e caribenhas.
Estamos muito unidos às famílias católicas e cristãs do Iraque, que sofrem nestes momentos de violência, e rezamos para que a paz e a justiça vençam o ódio e o rancor.
Cremos que estamos dando passos seguros no caminho que o Papa Francisco inaugurou com a convocatória do III Sínodo Extraordinário da Família em outubro próximo. Um ano depois, acontecerá a Assembleia ordinária, que tratará o mesmo tema da família. E, nesse contexto, em setembro de 2015, terá lugar o Encontro Mundial das Famílias na Filadélfia. Percorramos este caminho unidos na oração, a fim de haver bons frutos para a Igreja e para o mundo. 
Iluminados pelo Espírito Santo e inspirados nos valores da Sagrada Família de Nazaré, queremos enviar a todas as famílias da América Latina, Caribe e do mundo inteiro esta mensagem de esperança que as anime a formar-se mais, a viver os valores do Evangelho, a ter a certeza de que não estamos sós e que juntos podemos enfrentar as tormentas que ameaçam a identidade e a missão do matrimônio, da família e da vida.
Desde o início deste Congresso contamos com a materna presença de Maria. Em suas diferentes invocações na América Latina e Caribe, ela nos convida a fazer “o que ele nos disser”, com a certeza de que nos acompanha em cada momento. "Sim, queridas famílias, é possível ser um bem para a humanidade, já que a família é o coração da pessoa humana, o verdadeiro tesouro da humanidade. Hoje e sempre “eu e minha família serviremos ao Senhor”!
Departamento de Família, Vida e Juventude do CELAM e os Congressistas.
Fonte: cnbb.org.br - Com informação do Celam
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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Papa envia mensagem aos participantes do

1º Congresso Latino-americano de Pastoral Familiar

A cidade do Panamá recebe o 1º Congresso Latino-americano de Pastoral Familiar, que teve início no dia 4 e prosseguirá até o domingo, 9. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é representada por uma delegação de 19 pessoas, entre eles, membros da coordenação nacional da Pastoral Familiar, bispos referenciais e assessoria nacional.
Bispos participantes
Em mensagem aos participantes do Congresso, o papa Francisco parabeniza e agradece os agentes de pastorais e pessoas comprometidas em favor da família que, segundo ele, trata-se de “um valor tão querido e importante hoje em nossos povos.
No texto, o papa fala da importância da família, recordando as palavras de papa emérito Bento XVI, na Encíclica Caritas in veritate e também faz referência ao Documento de Aparecida. “Frente a uma visão materialista do mundo, a família não reduz o homem ao estéril utilitarismo, mas dá canal aos seus desejos mais profundos”, disse Francisco.
O Congresso é promovido pelo Departamento de Família, Vida e Juventude do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam). A temática escolhida é "Família e desenvolvimento social para a vida completa e comunhão missionária", em sintonia com a preparação para o Sínodo Extraordinário dos Bispos sobre a Família, que se realizará em outubro, no Vaticano.
Confira a íntegra da mensagem do papa:
Mensagem do Papa Francisco ao I Congresso Latino-americano para a Pastoral Familiar 
(Cidade do Panamá, 4 a 9 de agosto de 2014)
Quarta-feira, 6 de agosto de 2014
Boletim da Santa Sé
Queridos irmãos,
Uno-me de coração a todos os participantes neste I Congresso latino-americano de Pastoral Familiar, organizado pelo Celam, e os parabenizo por esta iniciativa em favor de um valor tão querido e importante hoje em nossos povos.
O que é a família? Para além de seus prementes problemas e de suas necessidades urgentes, a família é um “centro de amor”, onde reina a lei do respeito e da comunhão, capaz de resistir aos ataques da manipulação e da dominação dos “centros de poder” mundanos. Na casa familiar, a pessoa se integra natural e harmonicamente em um grupo humano, superando a falsa oposição entre indivíduo e sociedade. No seio da família, ninguém é descartado: tanto o idoso como a criança são bem vindos. A cultura do encontro e o diálogo, a abertura à solidariedade e à transcendência têm nela o seu berço.
Por isso, a família constitui uma grande “riqueza social” (cf Bento XVI, Cart. Enc. Caritas in veritate, 44). Neste sentido, gostaria de destacar duas contribuições primordiais: a estabilidade e a fecundidade.
As relações baseadas no amor fiel, até a morte, como o matrimônio, a paternidade, a filiação ou a irmandade, aprendem-se e se vivem no núcleo familiar. Quando estas relações formam o tecido básico de uma sociedade humana, dão-lhe coesão e consistência. Pois não é possível formar parte de um povo, sentir-se próximo, ter em conta os mais distantes e desfavorecidos, se no coração do homem estão quebradas estas relações básicas, que lhes oferecem segurança em sua abertura aos demais.
Além disso, o amor familiar é fecundo, e não somente porque gera novas vidas, mas porque amplia o horizonte da existência, gera um mundo novo; faz-nos acreditar, contra toda desesperança e derrotismo, que uma convivência baseada no respeito e na confiança é possível. Frente a uma visão materialista do mundo, a família não reduz o homem ao estéril utilitarismo, mas dá canal aos seus desejos mais profundos.
Finalmente, queria dizer-lhes que, desde a experiência fundante do amor familiar, o homem cresce também em sua abertura a Deus como Pai. Por isso, o Documento de Aparecida indicou que a família não deve ser considerada só como objeto de evangelização, mas também agente evangelizador (cf. nn. 432, 435). Nela se reflete a imagem de Deus que em seu mistério mais profundo é uma família e, deste modo, permite ver o amor humano como sinal e presença do amor divino (Carta Enc. Lumen fidei, 52). Na família, a fé se mescla com o leite materno. Por exemplo, esse sincero e espontâneo gesto de pedir a benção, que se conserva em muitos de nossos povos, reflete perfeitamente a convicção de que a benção de Deus se transmite de pais para filhos.
Conscientes de que o amor familiar enobrece tudo o que o homem faz, dando-lhe um valor agregado, é importante incentivar as famílias a cultivarem relações sadias entre seus membros, como dizer uns aos outros “perdão”, obrigada”, “por favor”, e a se dirigir a Deus com o belo nome de Pai. Que Nossa Senhora de Guadalupe alcance de Deus abundantes bençãos para os lares da América e os faça sementes de vida, de concórdia e de uma fé robusta, alimentada pelo Evangelho e as boas obras. Peço-lhes o favor de rezar por mim, pois necessito.
Fraternalmente,
FRANCISCO
                          Informações: Sala de Imprensa da Santa Sé     Foto: Pastoral Familiar CNBB
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