sábado, 27 de setembro de 2014

Dom João Carlos Petrini fala sobre o tema do

14º Congresso Nacional da Pastoral Familiar


O 14º Congresso Nacional da Família começou nesta sexta-feira (26) em São Luís (MA) com o tema “Família, Transmissora da Fé” e o lema “Anunciai a Fé com ousadia e coragem”.
Tema: Família, transmissora da Fé
Lema: “Anunciai a Fé com ousadia e coragem”
Toda a Igreja do Brasil está representada no evento pela participação de bispos, padres, coordenadores, agentes de pastorais e assessores.
O A12.com conversou com Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família, Dom João Carlos Petrini, bispo de Camaçari (BA) que falou sobre a reflexão do tema do congresso, os desafios da família e o papel dos pais na base familiar.
A12 - Em ações práticas como a família pode ser a transmissora da fé? 
Dom Petrini - A transmissão da fé realiza-se na família não em forma de catequese, de aulas. As crianças aprendem observando pai e mãe, imitando suas atitudes e posturas. As crianças são como esponjas que absorvem o que veem seus pais fazerem.
Imaginamos uma mulher que passeia com sua criança de dois ou três anos. Para admirada diante de um pôr do sol maravilhoso. Ela pode comentar com o menino: que maravilha esta tarde! Como é grande Deus que cria para nós um espetáculo tão belo! Imaginemos um pai que leva sua criança de dois ou três anos à Igreja antes de estar lotada. Chega perto do altar, segura a criança nos braços e lhe diz: Veja, menino, este é Jesus. Está na cruz para manifestar que nos ama. Ele morreu por nós. Mas agora está vivo, porque ressuscitou. Está vendo aquela luz na parede? Ele está ali, perto de nós e nos ama.
Imaginemos uma situação muito mais simples: o pai leva a criança à Igreja e quando entra, ajoelha-se e faz o sinal da cruz. Mesmo que não dissesse nada, a criança aprende que ali tem algo ou Alguém, que o pai respeita. O pai poderá pedir à criança de ajoelhar-se também e de mandar um beijo a Jesus. São situações inesquecíveis, que valem muito mais do que dezenas de aulas de catequese.
Assim, a transmissão da fé acontece na família pela postura de fé que as crianças podem ver nos pais, nas mil circunstâncias do dia. Em algum momento, o filho perguntará o porquê de certas atitudes, como no livro do Deuteronômio, a criança pergunta ao pai: “O que são estas leis e estes preceitos que o Senhor nosso Deus vos deu?” (Dt 6, 20). Um pai cristão poderá dar um testemunho como este que um amigo deu ao seu filho: “O melhor da vida é esta Presença de Jesus Cristo, que encontramos muitos anos atrás e que até o momento não desiludiu a nossa esperança, porque é fonte de paz, de certeza, de amizade, de perdão entre nós, de abertura ao sofrimento deste mundo. Em suma, Ele é uma riqueza incomparável para nós. Você também pode percorrer este caminho e seguir você também, aquilo que eu e tua mãe procuramos seguir!”
A12 - O lema propõe "Anunciai a Fé com ousadia e coragem", quais os desafios atuais enfrentados pelas famílias que não as permite anunciar com ousadia e coragem?
Dom Petrini - Os maiores desafios que a família hoje enfrenta e que dificulta a transmissão da fé é a correria dos pais que saem de casa de manhã cedo, voltam em casa, de noite, cansados, com mil tarefas para cumprir e no reduzido tempo de convivência com os filhos, raramente explicitam sua fé, ou se dedicam a ensinar uma oração, ou a reconhecer que as coisas são obra de Deus, que é Pai e Criador. Mas, a situação pior acontece quando os pais vivem sem a certeza de que são amados, sem a certeza de que a Presença de Jesus em suas vidas e em sua família é a realidade mais importante e decisiva, fonte de esperança e de fortaleza. Quando falta esta certeza, o horizonte se reduz, é as crianças absorvem a experiência de uma vida dominada pelo vazio. Mesmo que coloquem suas crianças numa escola católica, será difícil que aquele vazio seja realmente preenchido.
A12 - A partir do tema do congresso que reflexão podemos fazer sobre a força do casal na transmissão da fé?
Dom Petrini - O espaço primário e insubstituível da relação educativa, especialmente naquilo que constitui o fundamento da pessoa, as raízes que lhe dão consistência, é a família. Ela é a possibilidade concreta para cada homem e cada mulher que vêm a este mundo, de serem introduzidos na realidade total, no significado de tudo, no Mistério infinito, eterno, onipotente e criador, do qual tudo depende e na presença de Jesus Cristo, o Filho de Deus vindo na nossa realidade carnal. A Familiaris Consortio dedica os números de 36 a 40 para recordar esta irrenunciável dimensão educativa dos pais. Mas, o Direito Canônico (cânone n 1136) afirma: “Os pais têm o dever gravíssimo e o direito primário de cuidar, segundo as próprias forças, da educação da prole, quer física, social e cultural, quer moral e religiosa.”
O Concílio Vaticano II dedica ao tema uma “Declaração” intitulada “Gravissimum Educationis” (28/10/1965), na qual é afirmado um estreito vínculo entre o ato generativo e o ato educativo.
                                                                                                       Fonte: a12.com
...............................................................................................................................  

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Entrevista coletiva

Presidência da CNBB fala sobre o Sínodo e Eleições

A vida da Igreja e a vida política do Brasil terão momentos importantes no mês de outubro, segundo o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis. A 3ª Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos e as eleições foram os temas tratados na entrevista coletiva à imprensa na manhã desta quinta-feira, 25, na sede da Conferência, em Brasília (DF), após o encerramento da reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep).
Família
Cardeal Damasceno fala a representantes da imprensa
Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização” será o tema da 3ª Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, a primeira no pontificado de Francisco, que acontecerá no Vaticano, de 5 a 19 de outubro. Para dom Damasceno, a família passa hoje por grandes desafios e a Igreja busca, por meio de sua reflexão “ajudar as famílias a viverem sua vocação tão bela, como uma vocação para o amor, fundamental para a Igreja e para a sociedade”.
Ele explicou o processo de preparação para o encontro. Primeiramente, foi enviado às conferências episcopais um questionário sobre a realidade das famílias. Num segundo momento, após as respostas, o resultado foi devolvido para o Vaticano. Lá foi preparado, a partir das realidades verificadas, o documento de trabalho, chamado de Instrumentum Laboris. Durante a Assembleia, haverá aprofundamento do tema, como preparação para a segunda etapa do Sínodo que acontecerá em 2015, quando será elaborado um documento final.
Dom Raymundo foi nomeado pelo papa Francisco como presidente-delegado do Sínodo, responsável por coordenar as  atividades na ausência do pontífice. Também foram nomeados para este mesmo serviço os arcebispos de Manila, nas Filipinas, e de Paris, na França. Além do cardeal Damasceno, mais três cardeais brasileiros estarão presentes na Assembleia Extraordinária:  o prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, cardeal João Braz de Aviz; o arcebispo de São Paulo (SP), cardeal Odilo Pedro Scherer; o arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), cardeal Orani João Tempesta.
Foram convocados ainda o eparca da Eparquia Maronita de Nossa Senhora do Líbano (SP), dom Edgard Amine Madi, e o casal responsável pelas equipes de Nossa Senhora da super-região do Brasil, Arturo e Hermelinda Zamberline. Serão 191 padres sinodais e 62 participantes entre especialistas, auditores e delegados fraternos.
Eleições
Voto consciente para o bem comum
No contexto do pleito eleitoral do início de outubro, dom Damasceno recordou duas iniciativas importantes da CNBB para o que considera uma “ocasião ímpar para o cidadão exercer seu direito de escolher os representantes que vão administrar o país”.
O debate com os candidatos à Presidência da República, promovido pela CNBB e realizado pela Rede Aparecida de Comunicação, foi transmitido pelas emissoras de rádio e televisão de inspiração católica. Para para o cardeal  tratou-se de “um espaço democrático no qual os candidatos puderam apresentar suas propostas e também responder às interpelações de alguns bispos e profissionais das mídias católicas”. “Com o debate o nosso eleitor pôde conhecer ainda mais um pouquinho cada candidato e suas propostas de governo”, considera.
O cardeal destacou saúde, educação, trabalho, família, a vida, a terra e a desigualdade social como elementos a serem observados na escolha do candidato. Ao recordar a mensagem “Pensando o Brasil – desafios diante das eleições 2014”, alertou que o eleitor não deve pensar em interesses pessoais ou de grupos, mas ter uma visão mais ampla dos grandes problemas do país e escolher o candidato que julgar ter mais condições de mostrar caminhos para responder o que o povo espera dos políticos.
“Com esse texto nós fazemos um apelo e convocamos os brasileiros para que exerçam o voto de forma consciente, pensando no bem da sociedade, pensando nas questões mais amplas do nosso país”, explicou dom Damasceno.
Consep
A reunião do Consep aconteceu nos dias 23 e 24 de setembro. Estiveram presentes a Presidência da CNBB e os presidentes das doze comissões episcopais de pastoral da entidade. Assessores dessas comissões e representantes das pastorais e organismos vinculados à Conferência também participaram do encontro.
                                                                                                  Fonte: cnbb.org.br
...............................................................................................................................  

sábado, 20 de setembro de 2014

Papa Francisco cria uma

Comissão Especial sobre o Matrimônio 

Cidade do Vaticano (RV) - A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou neste sábado que em 27 de agosto de 2014, o Santo Padre assinou o ato de criação da uma Comissão Especial de estudo para a reforma do processo matrimonial. Em relação a esta decisão, torna-se conhecido o que segue:
Homem de oração e ação
Esta Comissão será presidida por Dom Pio Vito Pinto, Decano do Tribunal da Rota Romana, e será composto pelos seguintes membros: Cardeal Francesco Coccopalmerio, Presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos; Dom Luis Francisco Ladaria Ferrer, Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé; Dom Dimitrios Salachas, Exarca Apostólico para os católicos gregos de rito bizantino; o Rev. Mons. Maurice MonierLeo Xavier Michael Arokiaraj Alejandro W. Bunge, Prelados Auditores do Tribunal da Rota Romana; o Rev. Nikolaus Schöch, O.F.M., Promotor Substituto do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica; o Rev. P. Konštanc Miroslav Adam, OP, Reitor da Pontifícia Universidade de São Tomás de Aquino (Angelicum); o Rev. P. Espinoza Jorge Horta, OFM, Decano da Faculdade de Direito Canônico da Pontifícia Università Antoniamum; e o Prof. Paolo Moneta, ex-professor de Direito Canônico na Universidade de Pisa. 
Os trabalhos da Comissão especial iniciarão o quanto antes e terão como objetivo elaborar uma proposta de reforma do processo matrimonial, procurando simplificar o procedimento, tornando-o mais ágil e salvaguardando o princípio da indissolubilidade do matrimônio. (SP) 
                                                                                            Fonte: radiovaticana.va 
............................................................................................................................... 

Papa Francisco exorta:

“Uma pastoral sem oração e contemplação jamais poderá atingir o coração das pessoas.

Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre recebeu em audiência, na Sala Paulo VI, no Vaticano, na tarde desta sexta-feira, os participantes no Encontro internacional intitulado “O projeto pastoral da Evangelii gaudium” (a alegria do Evangelho), promovido pelo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização.
Semeiem e deem testemunho da Palavra
Em seu denso discurso, o Papa disse que este documento “Evangelii gaudium”, que escreveu, tem um significado programático, com conseqüências importantes, mas não poderia ser diferente, uma vez que se trata da principal missão da Igreja, ou seja, evangelizar.
No entanto, acrescentou o Pontífice, há momentos em que esta missão se torna mais urgente e a nossa responsabilidade deve ser reavivada. E perguntou: 
Quantas pessoas, nas inúmeras periferias existenciais do nosso tempo, estão cansadas e abatidas e precisam da Igreja e da nossa intervenção? Como chegar até elas? Como transmitir-lhes a experiência da fé, do amor de Deus e o encontro com Jesus? Eis a grande responsabilidade das nossas comunidades e da nossa pastoral”.
Neste sentido, o Papa, disse Bergoglio, não tem a tarefa de oferecer uma análise pormenorizada e completa da realidade contemporânea, mas convidar toda a Igreja a colher os sinais dos tempos, que o Senhor nos oferece, sem cessar. Tais sinais devem ser revistos à luz do Evangelho.
Quanta pobreza e solidão, recordou o Santo Padre, vemos no mundo de hoje! Quantas pessoas, que vivem com grandes sofrimentos, pedem à Igreja um sinal de solidariedade, de bondade, de proximidade e de misericórdia divina! 
Esta tarefa, disse o Papa, cabe a todos aqueles que são responsáveis pela pastoral: bispos, párocos, diáconos, catequistas. Todos têm que ler os sinais dos tempos e dar uma resposta sábia e generosa aos sedentos e famintos de Deus. E advertiu:
Dispomos da confiança no Senhor
Diante de tantas exigências pastorais, diante de tantas necessidades espirituais de homens e mulheres, corremos o risco de espantar-nos e de retrair-nos por medo ou por autodefesa. Aqui pode advir a tentação de certa autonomia e clericalismo, codificando a fé em regras e instruções, como faziam os escribas, os fariseus e os doutores da lei, no tempo de Jesus. No entanto, o povo fiel continua tendo fome e sede de Deus”.
Como o dono da messe saía à busca de operários, assim, afirmou o Bispo de Roma, os responsáveis da pastoral devem sair, em todas as horas do dia, para ir ao encontro dos mais fracos, dando-lhes conforto e apoio, e fazendo-lhes sentir úteis na vinha do Senhor! A Igreja parece um hospital ao ar livre: quantas pessoas feridas à espera de ajuda espiritual!
Por outro lado, afirmou o Papa, a pastoral não consiste em lançar uma série de iniciativas, sem conseguir colher a essência da ação evangelizadora: dar atenção às pessoas e levá-las ao encontro com Deus. Uma pastoral que não tem esta característica se torna estéril. Mas, o Papa acrescentou também:
Uma pastoral sem oração e contemplação jamais poderá atingir o coração das pessoas. Ela se deterá na superfície e não deixará a semente da Palavra de Deus morrer, germinar, crescer e produzir muitos frutos. Não dispomos de uma varinha mágica para fazer tudo, mas da confiança no Senhor, que nos acompanha e jamais nos abandona”.
O Santo Padre concluiu seu discurso aos participantes no Encontro Internacional sobre a “Evangelii gaudium”, a alegria do Evangelho, exortando os presentes a terem “paciência e perseverança” na missão que o Senhor nos confiou, mas também confiança e a oração, que sustentam as obras. Devemos semear e dar testemunho do Evangelho! (MT)
                                                                                            Fonte: radiovaticana.va 
...............................................................................................................................   

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Papa convida para o

Dia de Oração pelo Sínodo dos Bispos

Há poucos dias do início da 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Família, marcada para o período de 5 a 19 de outubro, no Vaticano, o papa Francisco convoca as comunidades para o "Dia de Oração" pelo Sínodo. Este momento será realizado no dia 28 de setembro, com a participação de dioceses, paróquias, comunidades, institutos, movimentos, pastorais e associações.
Rezemos todos pelo pleno êxito do Sínodo sobre a Família
A Assembleia Extraordinária reunirá bispos de diversas partes do mundo, sacerdotes, especialistas, estudiosos, casais, que irão colaborar   na reflexão sobre "Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização".
O Dia de Oração foi escolhido como forma de estabelecer a comunhão, neste momento considerado importante na vida da Igreja, tratando-se do Sínodo. Orienta-se que a oração sugerida seja rezada nas celebrações eucarísticas e em outros momentos celebrativos. É possível, ainda, acrescentar uma intenção às invocações das laudes matutinas e às intercessões das vésperas, nos dias que antecedem o início da reunião episcopal. Além disso, recomenda-se também a recitação do rosário pelos trabalhos sinodais.
Em Roma, a oração será meditada todos os dias na Capela da Salus Populi Romani, da Basílica de Santa Maria Maior. A proposta é motivar os fiéis a orarem em intenção por todas as famílias.
....................................................................................................
I - ORAÇÃO À SAGRADA FAMÍLIA PELO SÍNODO
Jesus, Maria e José, em vós nós contemplamos o esplendor do verdadeiro amor, a vós dirigimo-nos com confiança.
Sagrada Família de Nazaré, faz também das nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, autênticas escolas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas.
Sagrada Família de Nazaré, nunca mais nas famílias se vivam experiências de violência, fechamento e divisão: quem quer que tenha sido ferido ou escandalizado receba depressa consolação e cura.
Sagrada Família de Nazaré, o próximo Sínodo dos Bispos possa despertar de novo em todos a consciência da índole sagrada e inviolável da família, a sua beleza no desígnio de Deus.
Jesus, Maria e José, escutai, atendei a nossa súplica.

....................................................................................................
II - ORAÇÃO UNIVERSAL
Irmãos e irmãs!
Como família dos filhos de Deus e animados pela fé, elevemos as nossas súplicas ao Pai, a fim de que as nossas famílias, sustentadas pela graça de Cristo, se tornem autênticas igrejas domésticas onde se vive e se dá o testemunho do amor de Deus.
Oremos e, juntos, digamos: Senhor, abençoai e santificai as nossas famílias
Pelo Papa Francisco: que o Senhor, que o chamou a presidir à Igreja na caridade, o sustente no seu ministério ao serviço da unidade do Colégio episcopal e de todo o Povo de Deus, oremos:
Pelos Padres sinodais e pelos outros participantes na III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos: que o Espírito do Senhor ilumine as suas mentes, a fim de que a Igreja possa enfrentar os desafios sobre a família, em fidelidade ao desígnio de Deus, oremos:
Por aqueles que têm responsabilidades no governo das Nações: que o Espírito Santo inspire projetos que valorizem a família como célula fundamental da sociedade, segundo o desígnio divino e sustentem as famílias em situações difíceis, oremos:
Pelas famílias cristãs: que o Senhor, que pôs na comunhão esponsal o selo da sua presença, faça das nossas famílias cenáculos de oração, íntimas comunidades de vida e de amor, à imagem da Sagrada Família de Nazaré, oremos:
Pelos cônjuges em dificuldade: que o Senhor, rico em misericórdia, os acompanhe mediante a ação maternal da Igreja, com compreensão e paciência, no seu caminho de perdão e de reconciliação, oremos:
Pelas famílias que, por causa do Evangelho, devem deixar as suas terras: que o Senhor, que com Maria e José experimentou o exílio no Egito, os conforte com a sua graça e lhes abra caminhos de caridade fraternal e de solidariedade humana, oremos:
Pelos avós: que o Senhor, que foi recebido no Templo pelos Santos anciãos Simeão e Ana, os torne sábios colaboradores dos pais na transmissão da fé e na educação dos filhos, oremos:
Pelas crianças: que o Senhor da vida, que no seu ministério os acolheu, fazendo deles modelos para entrar no Reino dos Céus, suscite em todos o respeito pela vida nascente e inspire programas educativos em conformidade com a visão cristã da vida, oremos:
Pelos jovens: que o Senhor, que santificou as bodas de Caná, os leve a redescobrir a beleza da índole sagrada e inviolável da família no desígnio divino e sustente o caminho dos noivos que se preparam para o matrimônio, oremos:
Ó Deus, que não abandonais a obra das vossas mãos, escutai as nossas invocações:
Enviai o Espírito do vosso Filho para iluminar a Igreja no início do caminho sinodal a fim de que, contemplando o esplendor do verdadeiro amor que resplandece na Sagrada Família de Nazaré, dela aprenda a liberdade e a obediência para enfrentar com audácia e misericórdia os desafios do mundo de hoje.
Por Cristo nosso Senhor.
                                                 Fonte: cnbb.org.br    Com informações do news.va
..............................................................................................................................

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Congresso da Pastoral Familiar terá início na próxima semana

em São Luís, no Maranhão

"Anunciai a Fé com Ousadia e Coragem"
Com a proposta de refletir sobre o tema "Família, Transmissora da Fé", agentes de pastoral familiar, bispos, assessores, religiosos, coordenadores estarão reunidos na próxima semana, de 26 a 28 de setembro, no XIV Congresso Nacional da Pastoral Familiar, na cidade de São Luís, no Maranhão. O objetivo é compreender a experiência familiar, relação do casal e a importância do matrimônio na construção da família cristã, a partir do lema "Anunciai a Fé com Ousadia e Coragem".
No primeiro dia do evento, haverá palestra do arcebispo de São Luís, dom Belisário da Silva, e do bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, dom João Carlos Petrini, também diretor da seção brasileira do Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre Matrimônio e Família. Veja a programa completa no site: www.xivconnapf.com.br
Trabalhar pela família
O arcebispo de São Luís e vice-presidente da CNBB, dom José Belisário da Silva, explica que o lema do encontro quer ajudar na reflexão sobre os desafios e perspectivas da evangelização da família hoje. “Sem a família, a sociedade não anda. Uma das grandes questões no mundo atual gira em torno das fragilidades das famílias. Temos muita esperança que esse Congresso possa nos ajudar a trabalhar mais pela família”, disse o bispo.
Para dom Belisário, a família deve superar os momentos de crises próprias da cultura e contexto em que vive. “É certo que a família, em cada época, tem sua maneira de se organizar. No entanto, eu acredito que sem a família, realmente, a sociedade não caminha. É importante que formemos grupos familiares equilibrados, firmes e perseverantes; mesmo nas dificuldades da vida”.
Na programação do Congresso estão previstas palestras, mesas redondas, painéis e testemunhos, com participação de bispos, sacerdotes e especialistas na área familiar. Em comunicado, a organização explica que o evento visa possibilitar as famílias caminhos para a vivência cristã.
Confira a vídeo-mensagem de Dom Belisário para o Congresso:
                                                                                                     Fonte: cnbb.org.br
.................................................................................................................................
Representam a Arquidiocese de Pouso Alegre no Congresso o casal Luiz Rita Camporezi, coordenadores da Comissão Arquidiocesana da Pastoral Familiar.
............................................................................................................................................................................................................................................

domingo, 14 de setembro de 2014


Papa Francisco:
"Matrimônio não é ficção. 
Jamais terminar o dia sem fazer as pazes"

Cidade do Vaticano (RV) - No início da manhã deste domingo (14), a Igreja participou da alegria de 20 casais. Papa Francisco celebrou a Santa Missa com o Sacramento do Matrimônio. A Basílica de São Pedro, em dia de festa, emoção e oração, ficou repleta de pais e familiares dos noivos. Diante de Deus, os casais realizaram a comunhão para a vida inteira. 
Na sua homilia, o Pontífice fez referência ao Livro dos Números, sobre o caminho do povo no deserto. “Pensemos naquele povo em marcha, guiado por Moisés! Era formado, sobretudo, por famílias: pais, mães, filhos, avós; homens e mulheres de todas as idades, muitas crianças, com idosos que sentiam dificuldade em caminhar.” Aquele povo que, segundo o Papa Francisco, faz lembrar a Igreja em caminho no deserto do nosso mundo atual. Lembra ainda “o Povo de Deus que é composto, na sua maioria, por famílias”. 
Isso faz pensar nas famílias, nas nossas famílias, em caminho pelas estradas da vida, na história de cada dia. É incalculável a força, a carga de humanidade presente numa família: a ajuda mútua, o acompanhamento educativo, as relações que crescem com o crescimento das pessoas, a partilha das alegrias e das dificuldades. As famílias constituem o primeiro lugar onde nos formamos como pessoas e, ao mesmo tempo, são os ‘tijolos’ para a construção da sociedade. 
Ainda em relação à narração bíblica, o Santo Padre recordou que, a certa altura, o povo israelita ‘não suportou o caminho’. Estavam cansados, com falta a água e comendo apenas o ‘maná’, um alimento prodigioso, dado por Deus, mas que, naquele momento de crise, parecia pouco. Então, diz Papa Francisco, eles se lamentam e protestam contra Deus e contra Moisés, questionando-se: ‘Por que nos fizestes sair do Egito?’. Sentem a tentação de voltar para trás, de abandonar o caminho. 
Isso nos faz pensar nos casais que ‘não suportam o caminho’ da vida conjugal e familiar. A fadiga do caminho torna-se um cansaço interior; perdem o gosto do Matrimônio, deixam de ir buscar água à fonte do Sacramento. A vida diária torna-se pesada, tantas vezes, ‘nauseante’. 
Naquele momento de extravio, diz a Bíblia, é que chegam as serpentes venenosas que mordem as pessoas; e muitas morrem. “Esse fato provoca o arrependimento do povo”, comenta o Santo Padre, “que pede perdão a Moisés, suplicando-lhe que reze ao Senhor para afastar as serpentes. Moisés pede ao Senhor, que lhe dá o remédio: uma serpente de bronze, pendurada num poste”. Quem olhar para ela, fica curado do veneno mortal das serpentes. Um símbolo, segundo Francisco, que Deus não elimina as serpentes, mas oferece um ‘antídoto’: Deus transmite a sua força que cura, ou seja, a sua misericórdia, mais forte que o veneno do tentador. 
O remédio que Deus oferece ao povo vale também e de modo particular para os casais que 'não suportam o caminho' e acabam mordidos pelas tentações do desânimo, da infidelidade, do retrocesso, do abandono. Também a eles Deus Pai entrega o seu Filho Jesus, não para os condenar, mas para os salvar: se se entregarem a Jesus, Ele os cura com o amor misericordioso que jorra da sua Cruz, com a força duma graça que regenera e põe de novo a caminhar pela estrada da vida conjugal e familiar. O amor de Jesus, que abençoou e consagrou a união dos esposos, é capaz de manter o seu amor e de o renovar quando humanamente se perde, rompe, esgota. O amor de Cristo pode restituir aos esposos a alegria de caminharem juntos. Pois o matrimônio é isso: o caminho conjunto de um homem e de uma mulher, no qual o homem tem o dever de ajudar a esposa a ser mais mulher, e a mulher tem o dever de ajudar o marido a ser mais homem. È uma tarefa que vocês tem entre vocês. É a reciprocidade das diferenças. Não é um caminho suave, sem conflitos, não! Não seria humano. É uma viagem laboriosa, por vezes difícil, chegando mesmo a ser conflituosa, mas isso é a vida! 
O Santo Padre finaliza a homilia fazendo a relação entre o povo de Moisés e as famílias, que sempre estão em caminho. Francisco oferece suas palavras voltadas ao caminho do Matrimônio, através, inclusive, de gestos de afeto e carinho que têm a força de destruir as mágoas no final do dia. 
É normal que os esposos briguem. É normal. Sempre acontece. Mas eu aconselho vocês para jamais terminarem o dia sem fazerem as pazes. É suficiente um pequeno gesto. Assim se continua a caminhar. O matrimônio é símbolo da vida, da vida real, não é uma ‘ficção’! É sacramento do amor de Cristo e da Igreja, um amor que tem na Cruz a sua confirmação e garantia. Desejo a todos vocês, um bonito caminho, um caminho fecundo, que o amor cresça. Desejo felicidades. Existirão cruzes, mas Deus estará ali, para conduzir adiante.
O bispo de Roma, antes da bênção nupcial e entrega dos anéis, fez o questionamento do consenso conjugal a cada casal, desde a noiva mais jovem do casamento coletivo que tinha 25 anos, até o noivo mais velho, com 56 anos. (AC)
                                                                          Fonte: radiovaticana.va      news.va
...........................................................

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Dez motivos para ler a Bíblia.

Qual é o seu?

Aproveite este mês para ler a Bíblia, meditar com ela, permitir que seja lâmpada para os seus passos, luz para seu caminho. Considere que existam pelo menos dez razões para entrar no fascinante mundo da Sagrada Escritura. 
Palavra de vida e salvação
1. Conhecer a Deus 
Seria impossível sabermos algo de Deus se Ele não nos tivesse revelado. E isso Ele fez através da Sua Palavra. Por isso, para poder conhecê-Lo e criar com Ele uma relação pessoal de amor e confiança, é indispensável ler a Sua Palavra. 
2. Conhecer a si mesmo 
A Palavra de Deus penetra até o ponto de divisão entre a alma e o espírito (cfr. Eb 4,12). Lê-la nos permite conhecer a fundo nós mesmos. Isso sem partir da ótica humana do juízo e da condenação, mas do olhar esperançoso e misericordioso de Deus.
3. Receber luz 
O salmista afirma que a Palavra é lâmpada para os passos e luz no caminho (cfr. Sl 119, 105). Tem sempre uma mensagem para iluminar a sua situação atual. Tem sempre alguma coisa de pertinente a lhe dizer; às vezes o consola, outras vezes exorta. Pode também tranquilizar, às vezes o inquieta e agita, mas pode ter certeza que lhe dá sempre aquilo de que precisa para a alma.
4. Dialogar com Deus 
Tem quem acredite que rezar consiste somente em falar com Deus, porque Ele não diz nada. Mas Deus fala através da Sua Palavra. Ler a Bíblia lhe permite escutar aquilo que Ele quer dizer, para poder depois respondê-Lo, dialogar com Ele e, com a Sua graça, colocar em prática. 
5. Participar da reflexão e da oração de toda a Igreja 
Quando você lê os textos proclamados a cada dia na Missa, ou na Liturgia das Horas, une-se a milhões de católicos em todo o mundo que, naquele mesmo momento, estão lendo, escutando, refletindo, rezando com as mesmas palavras. Ler a Palavra lhe permite participar ativamente da unidade e universalidade da Igreja.
6. Colocar-se dentro da história da Salvação 
Ler a Bíblia lhe permite descobrir como Deus se revelou ao ser humano, estabeleceu uma aliança com o homem, prometeu o Seu amor e a Salvação e respeitou esta promessa. Conhecer o passado lhe permite compreender o presente e vivê-lo com a alegria de saber que está fazendo parte do povo de Deus, que você é membro do Seu rebanho, ovelha do Bom Pastor.
7. Conhecer, compreender e amar a Igreja 
Ler a Bíblia lhe permite conhecer a Igreja da qual faz parte para compreendê-la e amá-la mais, e se alegrar pelo fato de pertencer a ela sabendo que foi fundada por Cristo. Além do fato de que é formada por seres humanos propensos ao erro, como você e eu. A Igreja é conduzida através da história pelo Espírito de Deus.
8. Anunciar a Boa Nova 
Ler a Bíblia lhe permite cumprir o mandato de Jesus de ir ao mundo todo e anunciar a Boa Nova (cfr. Mc 16,15). Apenas conhecendo a Escritura é possível compartilhar a Sua luz com outros.
9. Conhecer e defender a fé 
São Paulo diz que cada texto da Escritura é útil para ensinar (cfr. 2Tm 3,16). Conhecer a Bíblia lhe permite enfrentar quem ataca a sua fé católica e respondê-los não somente com clareza, mas também com argumentações sólidas. 
10. Viver com liberdade e alegria 
Ler a Bíblia lhe dá liberdade e alegria. A liberdade daqueles que vivem a alegria de ter abandonado a imobilidade das trevas e caminham em direção Daquele que é a Luz. A alegria de saber que Ele está contigo todos os dias, até o fim do mundo, e a alegria de anunciá-Lo aos outros, como pede o Papa Francisco. Eis aí dez motivos, são apenas os primeiros dez.
Leia a Bíblia e você irá descobrir que existem tantos outros.
                                                         Fonte: a12.com - Agência Aleteia/Desde La ......................................................................................

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Sábia e oportuna reflexão

Quatro palavras-chave

Documentos da Igreja fazem uma análise da realidade eclesial na sociedade de hoje a partir de quatro palavras. Trata-se de uma análise na ótica da fé e não da sociologia. Vejamos:
1. Descristianização da sociedade. Eis o primeiro dado. A sociedade como tal e a cultura moderna estão cada vez mais descristianizadas. Convivemos com tecnologias, filosofias, estilos de vida e mentalidades pluralistas, secularizadas, paganizadas, materialistas, indiferentes em relação à religião e à fé. Em diversas regiões do mundo os cristãos são perseguidos. A resposta da Igreja está na consciência missionária, e na nova evangelização.
Fidelidade à missão dada por Deus
2. Mundanização da Igreja. Somos influenciados pelas redes sociais que criam a dependência de aparelhos eletrônicos. Estamos divididos dentro de nós mesmos e profundamente fragmentados. Há uma fratura entre o que dizemos o que somos e o que fazemos. Os ídolos do sexo, do dinheiro, do poder e do prestigio atacam. O Papa Francisco alude a um “mundanismo espiritual” que consiste em obter vantagens pessoais e interesses próprios usando Deus, a Igreja, os trabalhos pastorais. A resposta a esta mundanidade está na busca diária da santidade pela mediação da vida espiritual como, por exemplo: a oração, a leitura orante da Palavra, a celebração dos sacramentos especialmente da confissão e a prática da caridade.
3. Sacramentalização. Entendemos por sacramentalização o costume de celebrar os sacramentos sem preocupação pela conversão do coração, sem o engajamento na comunidade, sem a consciência da evangelização. Os sacramentos se transformaram em ritos, costumes, obrigações, porém sem frutos na vida pessoal, eclesial e social. Recebe-se os sacramentos por obrigação, por tradição ou por imposição. No ritmo da sacramentalização temos conferido o batismo sem preparação e sem evangelização. Nossos fiéis “são batizados não evangelizados”. As crianças da Primeira Eucaristia desaparecem da Igreja, os crismandos não perseveram, os que se casam não sabem usufruir da riqueza do sacramento que receberam. Comunga-se por costume. O remédio para a superação da sacramentalização é a iniciação cristã.
4. Administração. Trata-se de uma “inversão pastoral”, pois os que deviam ser bons pastores se tornam mais administradores que evangelizadores. Eis o problema da burocracia, gasta-se tempo e energias em preocupações administrativas, burocráticas, estruturais e não se investe no atendimento das pessoas, no contato com os catequizandos, na preparação das homilias, na visitação dos doentes e das casas. Reza-se por obrigação e não por gratidão e convicção. Há um reducionismo espiritual e pastoral e um exagero em coisas de administração. Os ministros leigos realizam pregações, celebrações, trabalhos missionários e nós da hierarquia ficamos com a administração. Eis uma “inversão de valores”
O Papa Francisco quer mais pastoral e menos administração, mais missão e menos estruturas, mais proximidade do povo e menos burocracia
                             Dom Orlando Brandes - Arcebispo de Metropolitano de Londrina
          Fonte: arqlondrina.com.br       Ilustração: missaomaterrosarium.blogspot.com.br
.................................................................................................................

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Reflexão para este Mês da Bíblia

Palavra e silêncio de Deus

Impressionante o aparente silêncio de Deus diante do drama humano que se descortina a nosso redor. Mais chocante é o silêncio diante das orações dos que creem. Perseguição e violência contra cristãos, em várias partes do mundo, caso do Iraque. Morte de fome e doenças, em várias partes do Planeta, caso das vítimas do ébola na África. Coloca-se a pergunta: Deus onde estás? Eis o drama de muitos que, como Jó, rezam e não escutam resposta.
Deus nos fala no silêncio
O mês de setembro, entre nós católicos, é dedicado de forma especial à consideração da Palavra de Deus: mês da Bíblia! À pergunta sobre onde está Deus, devemos responder que Ele está no meio de nós. É isto que a Bíblia nos ensina. “A Palavra se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14). Em Jesus Deus nos fala de forma vibrante, total. São João da Cruz escreve; “Uma palavra disse o Pai, que foi seu Filho; e di-la sempre no eterno silêncio e em silêncio ela há de ser ouvida” ( cf. in Ditos de Amor e Luz n. 98).
Não há silêncio de Deus a não ser para aqueles que não querem ouvir Jesus: “Este é meu filho amado em quem encontro meu agrado: escutai-o” (Mt 17,5). Por aí se deduz que não é Deus que não fala, ou não responde. Somos nós que não sabemos fazer o necessário silêncio para ouvi-Lo. Ou nossa fé não é suficiente para fazer silêncio e contemplar o mistério que nos envolve. Deus é tão grande que não o compreendemos (cf. Jó, 36,26). O profeta Isaías deixa registrado: “...vós sois um Deus escondido”(Is 45,15). Este ocultamento é glória para Deus! (cf. Pr 25,2).
Mas se Deus se revelou plenamente em Jesus, como permanece este ocultamento? Ao ponto de São Paulo escrever: “Quem és tu, ó homem, para pedires conta a Deus?” (Rm 9,20). Aqui nos defrontamos com o mais profundo do mistério da Revelação que Deus faz de si mesmo em Jesus Cristo: Deus se revela na fraqueza (cf. 2 Cr 12,7-10). Grande parte da revolta contra Deus, e até mesmo da negação da existência de Deus está no fato de que o modo e o local, no qual Deus quis se revelar não são aceitos, embora sejam conhecidos. O que o mundo julga estulto Deus escolheu para confundir os sábios...etc
A sabedoria de Deus é infinita e se revelou na pobreza do modo e dos meios, com os quais se deu a conhecer: de Belém até a cruz. Não é fácil fazer-se conhecer quando se é Deus, pois, Ele não teria sido amado, mas adulado ou temido somente, se tivesse feito de outro modo.
O mês da Bíblia é um mês para nos recordar que a Palavra de Deus está aí para nos iluminar, a fim de percebermos no dia a dia da vida o quanto Deus continua nos falando. Sobretudo, a ensinar-nos que Deus escreve direito por linhas tortas. E que precisamos nos tornar hábeis na leitura destas linhas tortas. “Conserva-te em silêncio diante de Deus e espera Nele” (Sl 37,7). Esta é a resposta da fé, a única que convém diante da Revelação amorosa que Deus nos faz.
Para adentrar-nos no tesouro da Palavra, estão a nosso dispor tantos instrumentos que neste mês queremos recordar a todos, principalmente a urgência da iniciação à vida cristã e a animação bíblica da vida e da pastoral, propostas pelas atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (Doc. 64/CNBB). 
                                                  Dom Pedro Carlos Cipollini - Bispo de Amparo (SP)
                                                                                                        Fonte: a12.com
................................................................................................................................

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Arquidiocese de São Paulo

Cartilha sobre eleições 2014

O material produzido pela arquidiocese de São Paulo (SP), com apoio da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e da União dos Juristas Católicos de São Paulo (UJUCASP), tem por objetivo orientar as comunidades católicas em preparação as eleições de 5 de outubro.
Catedral de São Paulo 
A cartilha traz 12 itens de reflexão que tratam de questões como a relação entre religião e política e o uso de templos e lugares de cultos para fins de propaganda eleitoral partidária.
De acordo com o texto da cartilha, “os cristãos são chamados a participar ativamente na edificação do bem comum, escolhendo bons governantes e legisladores e acompanhando com atenção o exercício de seus mandatos”.
A arquidiocese pretende distribuir mais de um milhão de cópias do documento entre as mais de 300 paróquias de sua jurisdição. Parte desta tiragem já está disponível nas igrejas e comunidades locais.
A cartilha orienta os fiéis para atenção no momento do voto e recorda que “os católicos são convidados a se reunirem civicamente para fazer o discernimento sobre as propostas dos partidos e sobre os candidatos, dando seu voto a quem, em consciência, julgarem mais idôneo e merecedor de sua confiança”.
                    Fonte: cnbb.org.br - Com informações da Arquidiocese de São Paulo
..................................................................................................................

segunda-feira, 1 de setembro de 2014


A palavra alimenta e ilumina nossa vida

Em agosto, refletimos sobre a vocação humana e cristã. Por meio das vocações somos chamados a viver como pessoas amadas por Deus, construindo um mundo de fraternidade e de paz. Cada um em sua missão específica: sacerdócio ministerial, vida familiar, consagração religiosa, cristãos leigos e leigas nas comunidades.
Na vivência desses diferentes caminhos propostos pelo Senhor, construímos, todos juntos, o Reino e nos realizamos como filhos de Deus e cidadãos do mundo. Para que possamos concretizar essa nossa missão, precisamos de alimento. É esse alimento que a Igreja nos convida a saborear neste Mês da Bíblia, a Palavra de Deus.
Ao lado da Eucaristia, a Palavra constitui-se em alimento essencial para a vida cristã. Por isso, de modo especial em setembro, somos incentivados a conhecer mais sobre a Sagrada Escritura. Escutar e saborear a beleza e a sabedoria que os textos bíblicos nos proporcionam. Rezar com a Palavra e transformá-la em frutos de vida em nossa caminhada diária.
Uma forma de se alimentar com a Palavra é a Leitura orante. Apresentamos sinteticamente, para uso diário, um roteiro dessa rica forma de rezar.
Leitura orante da Bíblia

1. Oração preparatória – Pedir as luzes do Espírito Santo para este momento de intimidade com Deus.
2. Leitura do texto bíblico – Perguntar a si mesmo: O que o texto diz?
3. Meditação – Perguntar novamente, mas de forma mais pessoal: O que o texto diz para mim, hoje?
4. Oração O que o texto me leva a dizer a Deus? Rezar, espontaneamente, com salmos ou outras orações.
5. Contemplação (vida e missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Assumir um novo olhar para perceber os convites de Deus e responder com inteira adesão.
6. Oração de agradecimento pelo diálogo com Deus.
Procure se aprofundar nessa excelente forma de rezar com textos bíblicos Reserve diariamente alguns momentos para esse importante exercício de fé e amor a Deus e muitos frutos de alegria e paz surgirão em sua vida.
Que a Palavra de Deus ilumine e fortaleça sua vocação humana e cristã na vivência dos valores do Evangelho e dos valores familiares e comunitários!
                                                                                        Luiz Gonzaga da Rosa
                                                        Autor de "Discípulos e missionários na paróquia" - Editora Paulus 
          Banner: blogjonathancruz.blogspot.com.br      Ilustração: diocese-sjc.org.br
......................................................................................................................