quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Papa 'candidata' as famílias para o Prêmio Nobel
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa concedeu na manhã desta quarta-feira, 26, a sua centésima audiência geral no Vaticano. A primeira do Pontificado de Francisco foi no dia 27 de março de 2013, duas semanas após a sua eleição. 
Desde 10 de dezembro de 2014, Francisco está desenvolvendo catequeses sobre a Família, que será o tema do próximo Sínodo, em outubro. Neste mês de agosto, já dissertou sobre duas dimensões do ritmo de vida familiar: a festa e o trabalho. Hoje foi a vez do tempo da oração. 
Ouvimos continuamente dizer que “o tempo é pouco; nunca chega para tudo... deveria rezar mais…, gostaria, mas não tenho tempo”, lamentam muitos cristãos, com sinceridade. Quem tem uma família, aprende a resolver uma equação que nem os grandes matemáticos conseguem: dentro das vinte e quatro horas do dia, fazem entrar o dobro. Há pais e mães que merecem o Prêmio Nobel por isso! O segredo está no carinho que têm por seus queridos”. 
O Evangelho é o pão bom que nutre almas e corações
O Papa questionou os fiéis sobre o amor que sentem pelo Senhor: “Conseguimos pensar em Deus como uma carícia que nos dá e mantém a vida, uma carícia da qual nem a morte nos pode separar? Ou pensamos Nele apenas como num grande Ser todo-poderoso, num Juiz que tudo vê e controla nossas atitudes? Quando o afeto por Deus não acende o fogo, o espírito da oração não aquece o tempo; mas se o coração for habitado por Deus, até um pensamento sem palavras ou um beijo mandado por uma criança a Jesus se transformam em oração”.
Inserindo este conceito no âmbito da catequese nas famílias, o Pontífice acrescentou que “é belo ver as mães ensinando aos filhos pequenos a mandar um beijo a Jesus ou a Nossa Senhora. Este é o espírito da oração, que nos leva a encontrar tempo para Deus, fazendo-nos sair da obsessão de uma vida onde sempre falta tempo, para encontrar a paz das coisas necessárias”. 
A este ponto, o Papa citou o episódio narrado no Evangelho de Lucas que fala da visita de Jesus às irmãs Maria e Marta, quando esta aprendeu que oferecer a hospitalidade, apesar de importante, não era tudo. Escutar o Senhor, como fazia Maria, era a coisa realmente essencial, a “parte melhor” do tempo.
“Na oração da família, em seus momentos mais fortes e nas vicissitudes mais difíceis, nos entregamos uns aos outros, para que todos sejamos protegidos pelo amor de Deus”, disse Francisco, concluindo com as seguintes palavras:
“O Evangelho, lido e meditado na Família, é como um pão bom que nutre o coração de todos de manhã até a noite. Quando formos para a mesa, aprendamos a rezar juntos, com simplicidade: é Jesus que vem à nós. Uma coisa que levo no coração e que vi nas cidades: muitas crianças ainda não aprenderam a fazer o sinal da Cruz. Mães, pais, ensinem suas crianças a rezar e a fazer o sinal da Cruz; é um dever muito bonito dos pais!”.
Depois de ser longamente aplaudido por suas palavras e gestos, o Papa saudou os presentes que lotaram a Praça e leitores traduziram sua catequese em várias línguas. Em português, os novos alunos do Colégio Pio Brasileiro de Roma mereceram uma saudação especial. (CM)
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                                                                         Fonte: radiovaticana.va    news.va

sábado, 22 de agosto de 2015

Encontro da Pastoral Familiar em Cachoeiras de Minas

 tem participação de Dom Majella

A CAPF, visando articular e dinamizar ações junto das famílias, vem realizando encontros nos setores e paróquias de nossa Arquidiocese. Neste sábado a reunião foi na cidade de Cachoeira de Minas.
Acolhidos pelo Pe. Daniel Santini, pároco da Paróquia São João Batista, e pela equipe local da Pastoral Familiar, diversos representantes dos setores da Arquidiocese, reuniram-se para a troca de experiências sobre as atividades da Pastoral no Setor Pré-matrimonial.
Saboroso lanche servido pela equipe da cozinha
Sob a coordenação do assessor da Pastoral Familiar Arquidiocesana, Pe. Lucimar Pereira Goulart, e do casal Luiz e Rita Camporezi,  na parte da manhã, representantes de seis setores fizeram a apresentação das atividades realizadas em cada paróquia. Após o almoço, foram partilhadas as dificuldades que as comunidades paroquiais enfrentam e apresentadas propostas de ação  para dinamizar os trabalhos.
Um momento também rico e especial para os agentes foi o da participação do arcebispo metropolitano Dom José Luís Majella Delgado. Com o espírito de simplicidade e abertura que o caracterizam, falou e ouviu com atenção. Ressaltou a importância da preparação dos noivos para o sacramento do matrimônio e destacou aspectos fundamentais dessa preparação. Incentivou a todos a continuarem perseverantes na bela missão que desenvolvem na Pastoral.
Após momentos alegres de partilha fraterna, Dom Majella convidou a todos para um momento de oração e abençoou os participantes, que voltaram revigorados na missão para suas paróquias.
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Momentos














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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Francisco:
O trabalho é sagrado e dignifica a família

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa deu continuidade às catequeses sobre a família na Audiência geral desta quarta-feira (19/8). Uma semana após falar sobre o sentido cristão da festa em família, o Papa agora refletiu sobre um “elemento complementar” desta: o trabalho.
Ao afirmar que o trabalho é necessário para proporcionar uma vida digna à família, o Pontífice recordou que a “família educa ao trabalho com o exemplo dos pais: o pai e a mãe que trabalham para o bem da família e da sociedade”. E acrescentou: “O trabalho, nas suas mil formas, a partir daquele doméstico, também zela pelo bem comum”.
Vendedor ambulante no Rio de Janeiro
Neste contexto, Francisco  lembrou que a Sagrada Família de Nazaré é o exemplo primeiro de uma família de trabalhadores, na qual o “próprio Jesus é chamado ‘filho do carpinteiro’”.
Alertando para o falso espiritualismo já advertido por São Paulo àqueles que “vivem às custas dos irmãos e irmãs ‘sem fazer nada’”, o Papa destacou que o “compromisso do trabalho e da vida do espírito, na concepção cristã, não estão em contraste entre si”.
“É importante entender bem isto! Oração e trabalho podem e devem estar juntos em harmonia, como nos ensina São Bento. A falta de trabalho danifica também o espírito, como a falta de oração danifica também a atividade prática”, ponderou o Papa.
Responsabilidade humana e social
O trabalho – reafirmou Francisco – é inerente à pessoa humana e expressa a sua dignidade de ser criada à imagem de Deus. “Por isso, se diz que o trabalho é sagrado. E, por isso, a gestão da ocupação é uma grande responsabilidade humana e social, que não pode ser deixada nas mãos de poucos ou descarregada sobre um ‘mercado’ divinizado”. E arrebatou: “Provocar a perda de postos de trabalho significa causar um grave dano social”.
Dignidade do trabalho
De improviso, Francisco lamentou: “Fico triste quando vejo que não há trabalho. Que há pessoas sem trabalho, que não encontram trabalho e que não têm a dignidade de levar o pão para casa”. Todavia, acrescentou: “Fico feliz quando vejo que os governantes se esforçam para criar postos de trabalho. O trabalho é sagrado e dignifica a família”.
Ao citar a passagem do Gênesis no qual Deus confia ao homem o cuidado e o trabalho na “casa-jardim”, o Papa retomou algumas ideias apresentadas por ele na Encíclica Laudato si, dentre as quais aquela em que afirma que “a beleza da terra e a dignidade do trabalho foram criadas para serem conjuntas”.
Por isso, alertou o Pontífice, “quando o trabalho se afasta da aliança de Deus com o homem e com a mulher, quando se separa a qualidade espiritual, quando vira refém da lógica do lucro... A vida civil se corrompe e o habitat se arruína e as consequências atingem sobretudo os mais pobres e as famílias”.
Modelo superado
“A organização moderna do trabalho mostra, às vezes, uma perigosa tendência a considerar a família como um obstáculo, um peso, uma passividade para a produção do trabalho”, disse ainda o Papa. “Mas qual produtividade? E para quem?”, questionou.
O Papa então recordou que esse modelo de organização que, com frequência, vemos nas “cidades inteligentes” – sem dúvidas, ricas em serviços e organização – muitas vezes descarta crianças e idosos. Quando a família “vira refém da organização do trabalho, ou atrapalha-o, então temos certeza de que a sociedade humana começou a trabalhar contra ela mesma!”.
Fé e perspicácia
Diante desse panorama, o Papa falou que as famílias cristãs têm diante de si um “grande desafio e uma grande missão”. “Estas – disse o Pontífice – “trazem para o jogo os fundamentos da criação de Deus: a identidade e a ligação do homem e da mulher, a geração dos filhos, o trabalho que domestica a terra e torna o mundo habitável”. E concluiu: “A perda destes fundamentos é algo muito sério, e na casa-comum já existem muitas fissuras! A tarefa não é fácil. É preciso fé e perspicácia”. (RV)
Assista à integra da catequese:

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                                                                                                              Fonte: radiovaticana.va      news.va

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Papa:
A festa é um presente de Deus, não a estraguemos

Cidade do Vaticano (RV) – Diante de mais de 7 mil pessoas que lotaram a Sala Paulo VI na manhã desta quarta-feira (12/8), o Papa Francisco deu início a um novo ciclo de catequese – sempre, porém, no contexto da família.
“Hoje damos início a um pequeno percurso de reflexão sobre três dimensões que articulam, por assim dizer, o ritmo da vida familiar: a festa, o trabalho e a oração”, iniciou o Pontífice.
Sobre o primeiro aspecto – a festa – Francisco afirmou, com base no Gênesis: “A festa é uma invenção de Deus”. “Deus nos ensina sobre a importância de dedicar um tempo para contemplar e usufruir daquilo que, no trabalho, foi bem realizado”, disse.
“Falo do trabalho, naturalmente, não somente sobre ofício e profissão, mas no sentido mais amplo: toda ação com a qual nós homens e mulheres podemos colaborar com a obra criadora de Deus”, recordou.
Afirmando que a festa não é a preguiça de estar na poltrona, ou a sensação de uma vã evasão, Francisco refletiu: “A festa é, antes de tudo, um olhar amoroso e de gratidão sobre o trabalho desenvolvido”.
Tempo de graça
"A festa é uma invenção de Deus"
A festa – prosseguiu o Pontífice – é também “tempo para olhar aos filhos, aos netos, que estão crescendo e pensar: que lindo! É tempo para ver a nossa casa, os amigos que recebemos, a comunidade que nos circunda, e pensar: que coisa boa! Deus fez assim. E continuamente o faz, porque Deus cria sempre, até neste momento”.
Todavia, o Papa recordou que o momento da festa pode coincidir com circunstâncias difíceis ou dolorosas nas quais se celebra com um “nó na garganta”. “Também nestes casos, peçamos a Deus a força para não esvaziá-la completamente”, sugeriu.
O Papa incentivou a festa também no ambiente de trabalho, quando se celebram aniversários, casamentos, nascimentos ou a chegada de novos colegas. Contudo, defendeu que “o verdadeiro tempo da festa suspende o trabalho profissional, e é sagrado”.
Trabalho não é escravidão
Isso, disse Francisco, “recorda ao homem e à mulher que são feitos à imagem de Deus, o qual não é escravo do trabalho, mas Senhor”.
“Portanto, também nós não devemos jamais ser escravos do trabalho, mas ‘senhores’. Há um mandamento para isso, um mandamento que envolve a todos, ninguém fica de fora! Porém, sabemos que existem milhões de homens e mulheres e até mesmo crianças que são escravos do trabalho. Isso vai contra Deus e contra a dignidade da pessoa humana”.
Modelo tecnocrático
Francisco recordou que, atualmente, a obsessão pelo ganho econômico e a eficiência do modelo tecnocrático colocam em risco os ritmos humanos da vida. “O tempo do repouso, sobretudo aquele dominical, é destinado a nós para que possamos usufruir daquilo que não se produz e não se consome, não se compra e não se vende”, advertiu.
Deus está no tempo da tempo da festa com seu amor
“Apesar disso, vemos que a ideologia do ganho e do consumo quer ‘abocanhar’ também a festa: esta também, às vezes, é reduzida a um ‘negócio’, a um modo para ganhar dinheiro e gastá-lo. Mas é para isso que trabalhamos?”, questionou o Papa.
“A cobiça do consumo, que traz junto o desperdício, é um vírus terrível que, entre outras coisas, nos faz reencontrar-nos, ao final, mais cansados do que antes. É nocivo ao verdadeiro trabalho e consuma a vida. Os ritmos desregulados da festa fazem vítimas, frequentemente os jovens”, alertou.
Afirmando que o tempo de festa é sagrado porque nele Deus está presente de maneira especial, Francisco disse que a Eucaristia dominical “concede à festa toda a graça de Jesus Cristo: a sua presença, o seu amor, o seu sacrifício, o seu fazer-se comunidade, o seu estar conosco... E, assim, todas as realidades recebem um sentido pleno: o trabalho, a família, as alegrias e as fatigas cotidianas, tudo é transfigurado pela graça de Cristo.
Por fim, destacando que a família é dotada de uma “competência extraordinária" para entender, endereçar e apoiar o autêntico valor do tempo da festa e, em particular do Domingo, Francisco fez um pedido: “A festa é um precioso presente de Deus à família humana: não estraguemos isso”. (RB)

Assista à íntegra da Catequese:
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                                                                                  Fonte: radiovaticana.va     news.va     youtube.com

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Preparando nosso coração para a próxima semana

Família: Amor e Missão

Na segunda semana de agosto, a Igreja no Brasil celebra a Semana Nacional da Família. Neste ano ela cresce em importância na medida em que serve para motivar as comunidades a entrarem em sintonia com a Assembléia Geral do Sínodo dos Bispos em Roma, nos dia 4 a 25 de outubro, com a finalidade de aprofundar “a vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”.
O Papa valoriza e ama a família
Ao que tudo indica, o acento do Sínodo vai ser, ao mesmo tempo, a afirmação da beleza do matrimônio indissolúvel e o convite ao uso da misericórdia para com as famílias feridas e frágeis. “Trata-se de partir das situações concretas das famílias, acompanhando com atenção e cuidado os seus filhos mais frágeis, marcados pelo amor ferido e confuso, restituindo-lhes confiança e esperança”. Por isso, “a Igreja convida a reconhecer os valores presentes nas uniões civis e pré-matrimoniais” e intensificar o acompanhamento pastoral aos “casais separados, aos divorciados e aos abandonados”. Igualmente pede às comunidades que sejam “acolhedoras para os casais em dificuldade e em risco de separação”.
Mesmo propondo o uso da misericórdia, a igreja afirma a indissolubilidade do Matrimônio, como “ideal de vida apesar de todas as dificuldades sociais e culturais, para comunicar a esperança”. Igualmente rejeita o casamento entre pessoas do mesmo sexo, pedindo, no entanto, respeito “à dignidade de todas as pessoas, independente da sua tendência sexual”.
O tema da Semana Nacional da Família de 2015 - O amor é a nossa missão: a família plenamente viva -, é o mesmo tema do 8° Encontro Mundial das Famílias com o Papa, previsto para os dias 22 a 27 de setembro, na Filadélfia, Estados Unidos.
Em uma das homilias de sua recente viagem ao Equador, o Papa Francisco declarou que “o mundo de hoje não entende por que os sentimentos românticos não são suficientes para um verdadeiro casamento”. Um padre, presente ao ato, comentou que “o casamento é o ápice do romance: são duas pessoas totalmente unidas, tão totalmente que elas consagram a vida uma à outra, com tamanha força que elas geram nova vida uma com a outra. É a entrega sem volta, um amor que supera tudo e que não se fecha para a vida”.
Espero que as celebrações da Semana Nacional da Família, que tem início com as comemorações do Dia dos Pais, ajudem a fortalecer os laços de amor e fidelidade entre as famílias das nossas comunidades. Igualmente espero que elas ajudem a motivar os jovens a bem se prepararem para a constituição de famílias que sejam “casas de comunhão e oração em busca da verdade, vivendo no amor de Deus”.
Parabéns aos pais e que Deus abençoe as nossas famílias!
                                      Dom Canísio Klaus - Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)
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                                                         Fonte: cnbb.org.br    Banner: radiovaticana.va

Papa Francisco nesta quinta-feira:

Na família aprendemos amar sem pedir nada em troca

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco tuitou nesta quinta-feira (06/08) a seguinte mensagem: “Aprendemos muitas virtudes numa família cristã, sobretudo amar sem pedir nada em troca.
Família: fonte de vida e alegria
O pontífice sempre convida a dar uma maior atenção para a família, célula vital da sociedade, e ao acompanhamento dos noivos ao matrimônio. O Papa convida também a acolher as pessoas separadas que sofrem por causa da falência de seu projeto de vida conjugal e por outras situações de desconforto familiar que dificultam o caminho de fé e de vida na Igreja.
Na Audiência Geral desta quarta-feira (05/08), Francisco disse que os casais de segunda união fazem parte da Igreja. “A Igreja bem sabe que tal situação contradiz o Sacramento cristão. Todavia, o seu olhar de mestra parte sempre de um coração de mãe; um coração que, animado pelo Espírito Santo, procura sempre o bem e a salvação das pessoas. É por isso que a Igreja sente o dever, pelo amor da verdade, de discernir bem as situações”, afirmou o Santo Padre. (MJ)
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                                                                                         Fonte: radiovaticana.va
Francisco:
Casais de segunda união fazem parte da Igreja

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa retomou na quarta-feira (5/8), na Sala Paulo VI, as Audiências gerais após um mês de pausa. Francisco prosseguiu com o tema da Família cujo contexto, desta vez, foi forjado a partir de uma nova questão sobre as “famílias feridas”.
O Pontífice convidou a refletir como se pode cuidar das pessoas que, diante do “irreversível fracasso” do casamento, partiram para uma segunda união. “Estas pessoas não foram absolutamente excomungadas – não foram excomungadas – e não devem absolutamente ser tratadas como tal: elas fazem sempre parte da Igreja”, disse o Papa.
Olhar de mãe
“A Igreja bem sabe que tal situação contradiz o Sacramento cristão. Todavia, o seu olhar de mestra parte sempre de um coração de mãe; um coração que, animado pelo Espírito Santo, procura sempre o bem e a salvação das pessoas. É por isso que a Igreja sente o dever, ‘pelo amor da verdade’, de ‘discernir bem as situações’”, afirmou Francisco.
Olhar dos filhos
A Igreja é mãe, acolhe a todos
O Papa recordou ainda que, se a questão das segundas uniões passa a ser observada a partir da percepção dos filhos – um grande número de crianças e adolescentes que são os que mais sofrem, destacou o Papa –, torna-se ainda mais urgente “desenvolver nas nossas comunidades uma verdadeira acolhida das pessoas que vivem tais situações”, exortou o Pontífice.
“Como poderíamos recomendar a estes pais que façam tudo para educar os filhos à vida cristã, dando a eles exemplo de uma fé convicta e vivida, se os mantivéssemos longe da vida da comunidade?”, questionou Francisco.
“Não devemos adicionar outros pesos além daqueles que os filhos, nestas situações, já devem carregar” prosseguiu o Papa, afirmando ainda que “é importante que eles sintam a Igreja como mãe atenta a todos, sempre disposta a escuta e ao encontro”.
Igreja no tempo
Francisco também disse que, nas últimas décadas, a Igreja não ficou “insensível” e “preguiçosa” em relação à questão das segundas uniões graças ao aprofundamento levado adiante pelos Pastores e confirmado pelos seus predecessores.
“Cresceu muito a conscientização de que é necessária uma fraterna e atenciosa acolhida, no amor e na verdade, aos batizados que estabeleceram uma nova convivência após o fracasso do matrimônio sacramental”, destacou Francisco.
Por fim, afirmando que a Igreja deve estar com as portas sempre abertas, o Papa convidou todos os cristãos a imitar o exemplo do Bom Pastor colaborando com Ele nos cuidados às famílias feridas.
Nossa Senhora
Antes de conceder a Bênção Apostólica, o Papa rezou uma Ave Maria em homenagem a Nossa Senhora Salus Popoli Romani (Salvação do Povo Romano) celebrada hoje e venerada na Igreja de Santa Maria Maior, em Roma. Este é o primeiro templo dedicado no Ocidente a Nossa Senhora, onde o Papa costuma rezar sempre que parte e retorna de suas viagens apostólicas internacionais. (RB)
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